Café: Mercado estende ganhos nesta 3ª na Bolsa de Nova York com alta próxima de 100 pts
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de cerca de 100 pontos nesta tarde de terça-feira (8) e estendem os ganhos registrados na véspera. Os operadores no terminal externo estão atentos às condições da safra 2017/18 do Brasil e as cotações também têm suporte técnico depois de mostrarem firmeza acima de US$ 1,40 por libra-peso. Compras por parte dos fundos também são vistas.
Por volta das 12h23 (horário de Brasília), o contrato setembro/17 registrava 142,90 cents/lb com alta de 85 pontos, o dezembro/17, referência de mercado, estava cotado a 146,35 cents/lb com avanço de 80 pontos. Já o vencimento março/18 subia 85 pontos, a 149,95 cents/lb, e o maio/18, mais distante, tinha valorização de 70 pontos e estava sendo negociado a 152,05 cents/lb. Essa é a segunda sessão consecutiva de valorização.
A preocupação com a safra 2017/18 de café do Brasil tem repercutido fortemente entre os operadores nos últimos dias, com relatos de broca em regiões produtoras do país, e temores em relação ao abastecimento. Essa temporada já é de bienalidade negativa, ou seja, terá colheita menor. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) aponta a produção brasileira neste ano em 45,56 milhões de sacas de arábica e robusta.
"A aproximação do fim da colheita da safra brasileira com rendimentos menores do que esperados fez com que um importante participante do mercado revisasse sua estimativa de produção de 56 milhões de sacas para 55 milhões de sacas, sendo 43 milhões de arábica e 12 milhões de conilon. Imagina-se que outras casas que trabalhem com um número alto como este devam também fazer um ligeiro ajuste, enquanto entre as que tem números menores a tendência deve ser manter inalteradas as estimativas", disse Rodrigo Costa em relatório.
O mercado também tem suporte técnico, pois demonstrou firmeza para trabalhar acima do patamar de US$ 1,40/lb. Além disso, compras por parte dos fundos e especuladores são vistas no mercado. As informações são de agências internacionais de notícias.
No Brasil, por volta das 09h10, o tipo 6 duro era negociado a R$ 465,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 480,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam sendo cotados a R$ 473,00 a saca. Os negócios seguem isolados nas principais praças de comercialização do país, segundo analistas consultados, ainda que tenham melhorado um pouco nos últimos dias.