Café: Cotações do arábica encerram sessão desta 2ª feira com alta de quase 200 pts na Bolsa de Nova York

Publicado em 07/08/2017 17:21

O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fechou a sessão desta segunda-feira (7) com alta próxima de 200 pontos e renovou os ganhos registrados na semana passada, que foram de cerca de 1,7%. Os operadores no terminal externo seguem atentos às informações sobre a safra 2017/18 do Brasil, que está em plena colheita, e apresenta problemas, mas fatores técnicos também impactaram os negócios. Diante desse cenário, os preços externos do grão já estão trabalhando acima do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.

O vencimento setembro/17 fechou a sessão de hoje cotado a 142,05 cents/lb com alta de 190 pontos, o dezembro/17, referência de mercado, registrou 145,55 cents/lb com avanço de 185 pontos. Já o vencimento março/18 encerrou o dia com 149,10 cents/lb e valorização de 185 pontos e o maio/18, mais distante, subiu 185 pontos, fechando a 151,35 cents/lb.

Os operadores no terminal norte-americano acompanham bastante nos últimos dias as condições sobre a safra 2017/18. "O café em Nova Iorque finalmente voltou acima de US$ 140.00 centavos por libra, patamar que não víamos desde abril último (considerando a primeira posição) e sustentou os ganhos, dando esperanças em continuar a forçar a liquidação da posição vendida dos fundos", afirma o diretor da Comexim nos Estados Unidos, Rodrigo Costa.

Traders relataram para agências internacionais de notícias que fatores técnicos também predominaram as negociações no dia, já que o mercado demonstrou firmeza ao avançar acima de US$ 1,40/lb.

À medida em que a colheita avança no Brasil, começam a surgir os problemas. A consultoria Safras & Mercado divulgou na última quinta-feira (3) que a colheita de café da safra 2017/18 do Brasil estava em 80% até dia 1º de agosto. Levando em conta a estimativa da consultoria de produção de 51,1 milhões de sacas de 60 kg, já foram colhidas 40,74 milhões de sacas.

"A aproximação do fim da colheita da safra brasileira com rendimentos menores do que esperados fez com que um importante participante do mercado revisasse sua estimativa de produção de 56 milhões de sacas para 55 milhões de sacas, sendo 43 milhões de arábica e 12 milhões de conilon. Imagina-se que outras casas que trabalhem com um número alto como este devam também fazer um ligeiro ajuste, enquanto entre as que tem números menores a tendência deve ser manter inalteradas as estimativas”, disse Rodrigo Costa em relatório.

Mercado interno

Poucos negócios seguem acontecendo nas praças de comercialização do Brasil. De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), muitos produtores têm se concentrado nas entregas futuras da variedade, mesmo com a colheita avançando nas principais origens produtoras.

No entanto, segundo Rodrigo Costa, a movimentação do físico melhorou na última semana "causando um leve barateamento dos diferenciais na reposição e embora os compradores internacionais esperem ofertas mais baixas o volume de negócios aumentou, atraindo interesse de diversas direções no FOB e no spot".

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 525,00 e alta de 0,96%. Espírito Santo do Pinhal (SP) teve a maior oscilação no dia com alta de 2% e saca a R$ 510,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 520,00 – estável. A maior oscilação dentre as praças verificadas no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,05% e saca a R$ 483,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 485,00 a saca e alta de 1,04%. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas ocorreu no Oeste da Bahia (AIBA) com avanço de 1,11% e saca a R$ 455,00.

Na sexta-feira (7), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 467,85 e queda de 0,13%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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