Café: Bolsa de Nova York fecha sessão desta 5ª com leve queda, mas segue acima de US$ 1,40/lb
O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fechou a sessão desta quinta-feira (3) próximo da estabilidade, mas do lado vermelho da tabela. As cotações se ajustam tecnicamente depois de avançarem mais de 200 pontos na véspera e renovarem máximas de três meses e meio. Apesar da queda, os principais vencimentos seguem acima US$ 1,40 por libra-peso.
O contrato setembro/17 fechou a sessão cotado a 140,20 cents/lb com queda de 15 pontos, o dezembro/17, referência de mercado, registrou 143,80 cents/lb com recuo de 15 pontos. Já o vencimento dezembro/17 encerrou o dia com 147,35 cents/lb e desvalorização de 10 pontos e o março/18, mais distante, caiu 5 pontos, fechando a 149,60 cents/lb.
Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 5ª feira – Fonte: Investing
Analistas internacionais reportaram a falta de novidades no mercado. "As temperaturas para (geadas), e é por isso que eles estão comprando café, simplesmente não estão se materializando", disse à agência de notícias Reuters o presidente da OptionSellers.com, James Cordier. "As temperaturas estão amenas e parece não haver forte frio à vista para o inverno de 2017".
Nos últimos dias, os operadores no terminal externo estiveram bastante atentos com a qualidade da safra 2017/18 de café. São representativos os casos de broca em importantes regiões produtoras. "Os grãos estão menores e muitos lotes estão sendo rejeitados por compradores devido ao dano da broca além do limite de 5 por cento", disse um operador à Reuters.
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A consultoria Safras & Mercado divulgou nesta quinta que a colheita de café da safra 2017/18 do Brasil estava em 80% até dia 1º de agosto. Levando em conta a estimativa da consultoria de produção de 51,1 milhões de sacas de 60 kg, já foram colhidas 40,74 milhões de sacas.
"Produtores de arábica aumentam o tom de preocupação com a quebra de safra, baseado no avanço do beneficiamento e do alto percentual de perdas com a renda. A queixa é com a safra miúda, especialmente no Sul e Cerrado de Minas e no estado de São Paulo", afirma. A broca também ganha destaque negativo em algumas regiões", disse o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach.
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O câmbio que também impactou os negócios durante a semana fechou a sessão desta quinta com leve baixa de 0,20% no dólar comercial, a R$ 3,1136 na venda, após o governo conseguir barrar na Câmara dos Deputados o andamento da denúncia contra o presidente Michel Temer. A divisa mais baixa em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity brasileira.
Mercado interno
Mesmo com a colheita avançando, os negócios no mercado físico não ganham a liquidez que era esperada. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) reportou que muitos produtores brasileiros têm se concentrado nas entregas futuras da variedade e, assim, permanecem distantes do mercado spot.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 520,00 (estável) e Varginha (MG) com alta de 4%, a maior dentre as praças no dia.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 500,00 – estável. Não houve oscilação dentre as praças verificadas no dia.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com R$ 480,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 1,08% e saca a R$ 460,00.
Na quarta-feira (2), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 467,19 e alta de 1,55%.
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