Café arábica completa terceira baixa seguida nesta 2ª na Bolsa de Nova York em ajustes

Publicado em 10/07/2017 17:30

O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerrou a sessão desta segunda-feira (10) com leve queda e estendeu as perdas registradas nas últimas duas sessões em processo de ajustes ante os ganhos recentes registrados no mercado diante dos temores com o frio no Brasil. Ainda assim, as cotações seguem próximas do patamar de US$ 1,30 por libra-peso.

O contrato julho/17 fechou a sessão cotado a 126,25 cents/lb com queda de 30 pontos, o setembro/17, referência de mercado, registrou 128,60 cents/lb com recuo de 30 pontos. Já o vencimento dezembro/17 encerrou o dia com 132,15 cents/lb e desvalorização de 25 pontos e o março/18, mais distante, caiu 25 pontos, fechando a 135,55 cents/lb.

Mercado do café NY - 10/07
Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 2ª feira – Fonte: Investing

De acordo com o analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, a resistência do café em US$ 1,30/lb em Nova York não foi quebrada no fim da semana passada, mas o mercado parece estar suscetível a rever esses níveis novamente. "A maioria dos comerciantes não falam sobre as alterações nos dados que possam aumentar os preços, mas o mercado caiu acentuadamente e deve continuar nessa correção. A possibilidade de mais um ano de produção menor dá suporte aos preços", afirma.

Apesar das quedas recentes, o mercado encerrou a semana passada com altas de mais de 2%, com o vencimento setembro/17 saindo de cerca de US$ 1,25 por libra-peso para US$ 1,30/lb. O frio no Brasil reascendeu o temor nos operadores de que geadas poderiam afetar a colheita deste ano e também a produção em 2018. "A maioria das previsões para o Brasil falam em temperaturas baixas, mas não tão frio para causar danos", explica Jack Scoville.

A OIC (Organização Internacional do Café) apontou razões de possível esperança altista para o mercado do café após a pressão recente. A Organização apontou fatores que os investidores possam levar em conta diante dos temores com geadas no Brasil, o principal país produtor de café, e também diante do surto de ferrugem em Honduras.

"No início de julho, porém, ainda há um risco residual de geada no Brasil, potencialmente afetando as perspectivas da próxima safra", disse a OIC que acrescentou que "possíveis surtos de ferrugem em países como Honduras podem intensificar preocupações com a oferta no mercado".

Leia mais:
» Café: Preocupações com safra do Brasil e Honduras renovam esperanças altistas para futuros após pressão momentânea, diz OIC

Mapas climáticos mostram que chuvas podem ser registradas nos próximos dias no Espírito Santo, Zona da Mata de Minas Gerais e Sul da Bahia. Já a temperatura deve continuar estável nas áreas produtoras e sem previsão de geadas. Nas outras áreas, o tempo continuará seco.

Mercado interno

Os negócios com café ainda continuam isolados nas praças de comercialização do Brasil, segundo analistas consultados. Os cafeicultores estão em plena colheita e de olho no clima. Além disso, aguardam melhores patamares de preço. "Conforme colaboradores do Cepea, o ritmo de negócios da variedade está lento, já que poucos vendedores estão presentes no mercado", disse em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 500,00 com queda de 0,40%. As cidades de Espírito Santo do Pinhal (SP) e Varginha (MG) tiveram a oscilação mais expressiva no dia com alta de 2,08% e saca a R$ 490,00.

O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com 470,00 a saca e queda de 2,08%. Essa foi a oscilação mais expressiva no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) e Franca (SP), ambas com saca a R$ 460,00 e estabilidade. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com baixa de 1,11% e saca a R$ 445,00.

Na sexta-feira (7), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 447,23 e queda de 0,52%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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