Café arábica fecha em baixa na sessão desta 5ª na Bolsa de Nova York após altas seguidas

Publicado em 06/07/2017 17:39

Em um processo natural de ajustes, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quinta-feira (6) com baixa de pouco menos de 100 pontos nos principais vencimentos. Nas últimas duas sessões, o mercado avançou e chegou a testar os patamares mais altos desde junho diante das preocupações com o frio no Brasil e com rolagens de posição.

O contrato julho/17 fechou a sessão cotado a 126,75 cents/lb com queda de 90 pontos, o setembro/17, referência de mercado, registrou 129,15 cents/lb com avanço de 85 pontos. Já o vencimento dezembro/17 encerrou o dia com 132,60 cents/lb e desvalorização de 80 pontos e o março/18, mais distante, caiu 75 pontos, fechando a 136,05 cents/lb.

Mercado do café NY - 06/07/2017
Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 5ª feira – Fonte: Investing

Nos últimos dias, o frio no Brasil repercutiu bastante entre os operadores no terminal externo diante da possibilidade de prejuízos às lavouras de café do país que estão em plena colheita. Geadas neste momento seriam também prejudiciais ao próximo ciclo produtivo. No entanto, ajustes técnicos acabaram prevalecendo na sessão desta quinta.

"O clima no Brasil tem sido frio e as áreas produtoras mantiveram-se esquivadas de problemas na semana passada, quando uma massa de ar muito fria ficou no mar", disse em relatório o analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville. "Os preços agora pairando perto de algumas áreas de resistência chave de curto prazo. Não há ainda nenhum interesse real na compra pela indústria e também há as ideias de que os estoques estão grandes nos países de origem", acrescenta.

De acordo com estimativa da consultoria Safras & Mercado, a colheita de café da safra brasileira 2017/18 foi indicada em 50% até 4 de julho. Na semana anterior os trabalhos estavam em 44%. Levando em conta a estimativa da Safras de produção de café do Brasil em 2017 de 51,1 milhões de sacas de 60 kg, já foram colhidas 25,68 milhões de sacas.

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Previsões da Climatempo apontam que o clima deve ficar mais quente ao longo da semana em praticamente todas as origens produtoras com o afastamento da massa de ar polar para mar. Em relação ao clima, Espírito Santo, Zona da Mata e Sul da Bahia podem ter chuvas fracas e o Paraná, São Paulo, Oeste e Sul de Minas Gerais terão tempo seco por certo período.

Mercado interno

De acordo com analistas, os negócios com café seguem lentos nas praças de comercialização do Brasil com os produtores preocupados com o clima, ainda em processo de colheita e aguardando melhores patamares de preço. "Com a retração de vendedores e os aumentos no mercado internacional, os preços do arábica subiram nos últimos dias", disse em nota o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

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Conforme reportamos na véspera, as primeiras amostras de café arábica da safra 2017/18 que chegam ao mercado, conforme avança a colheita, têm apresentado granação menor que o esperado. O cenário é bem parecido com o visto na temporada 2015/16 e fica a dúvida dos produtores com o rendimento na hora de completar uma saca de 60 kg. Além disso, as exportações podem ser impactadas já que os grãos maiores são os mais demandados.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 505,00 – estável. A cidade de Patrocínio (MG) teve a maior oscilação dentre as praças com alta de 1,05% e saca a R$ 480,00.

O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com 480,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 0,21% e saca a R$ 465,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 470,00 – estável. Oeste da Bahia teve a maior oscilação no dia com alta de 1,12% e saca a R$ 450,00.

Na quarta-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 452,52 e alta de 1,51%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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