Café: Bolsa de Nova York avança cerca de 200 pts nesta tarde de 4ª com operadores atentos ao frio no Brasil
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 200 pontos nesta tarde de quarta-feira (5) após o feriado "Independence Day" fechar a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) na véspera. Os operadores no terminal externo seguem repercutindo o frio nas origens produtoras do Brasil. No entanto, as previsões climáticas mostram poucas chances de ocorrência de geada no cinturão produtivo nos próximos dias.
Por volta das 12h00 (horário de Brasília), o contrato julho/17 registrava 127,50 cents/lb com 165 pontos de alta, o setembro/17, referência de mercado, estava cotado a 129,50 cents/lb com avanço de 180 pontos. Já o vencimento dezembro/17 também subia 180 pontos, a 132,90 cents/lb, e o março/18, mais distante, tinha valorização de 170 pontos e estava sendo negociado a 136,30 cents/lb.
Nos últimos dias e principalmente no início da semana, o frio já repercutia no mercado do arábica, com mínimas sendo registradas em cerca de 5°C no Sul de Minas Gerais, principal região produtora de café do Brasil. As lavouras estão em plena colheita, mas geadas neste momento seriam também prejudiciais ao próximo ciclo produtivo. Previsões da Climatempo, o clima deve ficar mais quente ao longo da semana em praticamente todas as origens produtoras.
"O clima no Brasil tem sido frio e as áreas produtoras mantiveram-se esquivadas de problemas na semana passada, quando uma massa de ar muito fria ficou no mar. A maioria das previsões apontam que as temperaturas mais frias deverão continua, mas o frio não será suficiente para danificar o café", disse em relatório o analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
No Brasil, por volta das 09h22, o tipo 6 duro era negociado a R$ 440,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 455,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estava sendo cotado a R$ 453,00 a saca.
"No geral, os negócios no Brasil estão calmos e os preços lateralizados. Os produtores seguem sem motivação para irem ao mercado, pois aguardam melhores patamares de preço, também ainda estão atentos à colheita e clima", afirma a analista de mercado de café do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), Carolina Sales.
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