Conferência em São Paulo destaca a produção sustentável de café no Brasil à imprensa internacional
A produção ambiental e economicamente sustentável da cafeicultura paulista e brasileira foi tema de debates realizados com especialistas e acompanhado por jornalistas nacionais e estrangeiros durante a Brazil & Sustainable Coffee Conference, realizada na terça-feira, 25 de abril de 2017, na sede da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp). O evento, que teve a participação do secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, na abertura, foi promovido pela Ocesp, Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e Basf e comemorou ainda os 60 anos da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), entidade que é referência nacional na produção do grão.
Arnaldo Jardim destacou que a produção paulista de café é estratégica para o Brasil e se apresenta como um produto fundamental e sustentável. “Queremos dialogar com o mundo e ter orgulho de apresentar os aspectos de sustentabilidade da produção, do manejo e da forma de gerir o negócio do café. Apoiar uma produção harmônica com o meio ambiente é uma das diretrizes do governador Geraldo Alckmin para a Pasta”, afirmou.
Para Arnaldo Jardim, apesar de ser baseada no pequeno produtor, “a cadeia produtiva do café é complexa e representa grande impacto no agronegócio, capaz de alavancar um novo ciclo de aquecimento e crescimento da economia”, ressaltou o titular da Pasta Estadual, que estava acompanhado do secretário-executivo das Câmaras Setoriais, Alberto Amorim, e do diretor do Instituto de Economia Agrícola (IEA), Celso Vegro.
De acordo com o presidente do sistema Ocesp, Edivaldo Del Grande, o desenvolvimento sustentável do setor cafeeiro passa pelo cooperativismo. “Nosso café é produzido, principalmente, por pequenos agricultores organizados em cooperativas e associações. E a evolução da cafeicultura tem como protagonista o cooperativismo, que proporciona ao produtor acesso à informação, ao conhecimento e à tecnologia e o ajuda a se inserir no mercado mundial”, afirmou.
Para o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Correa Carvalho, é importante resgatar a história do café, que chegou a ser a base da pauta de exportação brasileira. “Sua história tem origem na Pérsia, passa pela Europa e, ao entrar no Brasil, o café encontrou, de fato, o seu local de expansão da produção. Atualmente, temos um terço do mercado internacional de café, algo muito importante, além de sermos o segundo país que mais consome a bebida”, explicou, citando as influências do cultivo do grão na economia, na política, na expansão das ferrovias e no processo de imigração ocorrido a partir do século 19.
Com a presença de jornalistas de veículos da Alemanha, Itália, Estados Unidos, França e Japão, o evento teve palestras sobre “Atribuição, Ocupação e uso das terras no Brasil”, com o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Evaristo de Miranda; “Agricultura de Baixo Carbono”, com Marcelo Furtado; “AgBalance da Cadeia Produtiva do Café”, com o vice-presidente sênior da Basf, Eduardo Leduc; e “Responsabilidade Social Cooperativista”, ministrada pelo presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa.
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