Cooxupé vê safra de café do Brasil inferior a expectativas após expedição técnica
Por Roberto Samora
GUAXUPÉ, Minas Gerais (Reuters) - A nova safra de café do Brasil ficará aquém das expectativas do mercado, com alguns problemas climáticos em importantes regiões produtoras, podas realizadas em larga escala em várias áreas e com os cafezais ainda se recuperando de uma safra recorde em 2016.
A avaliação foi feita pelo superintendente comercial da Cooxupé, maior cooperativa de cafeicultores do Brasil, Lúcio Dias, que integrou na semana passada uma expedição técnica pelo Sul de Minas, Cerrado Mineiro e Mogiana, importantes áreas produtoras de café arábica.
"Faz 14 anos que fazemos a mesma viagem pelas mesmas regiões produtoras, este foi um dos piores anos para os cafezais que observamos", disse Dias, em entrevista à Reuters nesta quarta-feira, após cerimônia de abertura da Femagri, feira de tecnologia agrícola realizada pela Cooxupé.
A viagem pelas áreas produtoras reuniu 12 pessoas, incluindo integrantes da cooperativa, corretores e dois importantes operadores internacionais, segundo Dias.
Dessa forma, ele estimou a safra de café do Brasil entre 43 milhões e 47 milhões de sacas, um número aquém da expectativa do mercado.
A previsão de Dias fica ligeiramente abaixo à da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Pesquisa da Reuters publicada na semana passada apontou a safra 2017/18 do Brasil em 50 milhões de sacas, com as estimativas variando de 48 milhões a 57 milhões de sacas.
Normalmente, após uma grande colheita, a produtividade dos cafezais diminui.
No ano passado, o Brasil registrou uma colheita recorde de 51,37 milhões de sacas, com elevadas produtividades das lavouras do arábica, que mais que compensaram perdas importantes dos cafezais de robusta.
A Cooxupé tem sede em Guaxupé, Minas Gerais, Estado que responde por mais da metade de produção de café do Brasil, maior exportador global da commodity.
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