Café: Bolsa de Nova York recua cerca de 150 pts nesta 5ª com pressão do câmbio e melhora no clima do Brasil
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a fechar no território negativo nesta quinta-feira (26) após oscilar entre alta e baixa durante a sessão. O mercado seguiu o câmbio, que impacta nas exportações da commodity, mas também demonstrou fraqueza técnica ao se aproximar do patamar de US$ 1,60 por libra-peso. Além disso, os operadores no terminal externo seguem atentos ao clima nas principais regiões produtoras do Brasil. A chuva voltou em várias regiões produtoras e há previsão de novas precipitações nos próximos dias.
O contrato março/17, referência para os negócios, fechou a sessão de hoje cotado a 151,45 cents/lb com 145 pontos de alta, o maio/17 anotou 153,95 cents/lb com 140 pontos de valorização. Já o vencimento julho/17 encerrou o dia negociado a 156,30 cents/lb com 135 pontos de avanço e o setembro/17, mais distante, avançou 130 pontos, cotado a 158,55 cents/lb. Durante o dia, as cotações oscilaram entre altas e baixas e chegaram a se aproximar do patamar de US$ 1,60 por libra-peso.
"As bolsas em baixa e dólar em alta deixam o mercado interno do café engessado. Tecnicamente os fechamentos externos do café podem ser considerados neutros", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, em referência à queda de cerca de 100 pontos em Nova York.
Após o feriado em São Paulo e iniciar a sessão em alta, o dólar comercial fechou a sessão desta quinta em alta com investidores de olho em um eventual fluxo de ingresso de recursos e o movimento da moeda no exterior. A divisa fechou o dia com avanço de 0,28%, cotada a R$ 3,1805 na venda. O dólar mais alto em relação ao real tende a dar maior competitividade às exportações da commodity e faz com que os preços externos recuem.
Além do câmbio e dos ajustes técnicos, o mercado também segue de olho nas áreas produtoras de café do Brasil. A semana começou com bons volumes de chuva nos estados do Paraná e São Paulo, também há previsão de instabilidades em algumas áreas do sul de Minas Gerais e Triângulo Mineiro. Na Bahia, Espírito Santo e leste de Minas Gerais, o tempo ficou seco por alguns dias. Nos próximos dias, no entanto, o INMET prevê chuva entre 20 e 50 milímetros no nordeste do Paraná, em todo o Estado de São Paulo e algumas em áreas do sul de Minas Gerais e Triângulo Mineiro.
Essa condição climática pode aliviar a preocupação dos produtores brasileiros nos últimos dias. "Cafeicultores consultados pelo Cepea seguem preocupados com a temporada 2017/18, apesar da retomada de bons volumes de chuvas nas regiões de arábica. A previsão de safra menor e estoques justos têm limitado o volume de negócios tanto no spot como para entregas futuras, em relação aos anos anteriores", reportou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
A valorização nos últimos dias foi motivada pela retomada dos fundos de investimento no mercado e as informações sobre o clima no Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo. As máximas de quatro anos e meio no mercado do café robusta na Bolsa de Londres nos últimos dias encorajou compras no arábica.
Mercado interno
As praças de comercialização no Brasil seguem regitrando poucos negócios com o produtor à espera de melhores patamares. "Apesar da alta externa, a liquidez segue baixa no mercado interno. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou nessa terça-feira, 24, a R$ 528,04/saca de 60 kg, alta de 1,7% em relação à terça anterior. Quanto ao robusta, as cotações têm registrado quedas consecutivas desde a última quinta-feira", reportou o Cepea na quarta-feira.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação no dia em Poços de Caldas (MG) com R$ 586,00 a saca e queda de 5,48%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com 590,00 a saca - estável. A maior variação no dia dentre as praças verificadas ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 1,09%.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação no dia em Franca (SP) com saca a R$ 570,00 - estável. A maior oscilação dentre as praças no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com queda de 1,11% e saca a R$ 534,00.
Na quarta-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 533,36 com alta de 1,01%.
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