Redes vietnamitas de café estão prontas para disputar mercado com a Starbucks
O Vietnã – conhecido por sua cultura de café profundamente enraizada – tornou-se um dos mercados mais diversificados da Ásia para a bebida, com dezenas de gigantes globais, cadeias locais e pequenos cafés que dispõem de uma grande variedade de grãos.
As cadeias domésticas estão competindo bem contra as marcas internacionais, incluindo a gigante do café Starbucks, que abriu 24 lojas no Vietnã desde sua estreia no país há quatro anos.
Não muito tempo depois que a Starbucks entrou em Ho Chi Minh City, centro de negócios do Sul do país, onde as pessoas bebem café do nascer ao pôr-do-sol, a cadeia local Phuc Long intensificou seu negócio e se apresentou como um desafio direto a gigante global.
Em um cruzamento principal no coração da cidade, uma loja Starbucks está sob forte concorrência de duas lojas da Phuc Long a poucos passos de distância.
Phuc Long mostrou-se determinada na tentativa de assumir a posição de marcas internacionais como Starbucks, aumentando a sua presença no centro da cidade de Ho Chi Minh, área densamente ocupada por prédios de escritórios e shoppings.
Onde há uma saída da Starbucks, há uma loja Phuc Long para atrair aqueles que de alguma forma trocariam a Starbucks, principalmente consumidores da classe média alta dispostos a pagar alguns dólares a mais por uma xícara de café premium.
"Nós não estamos sendo esmagados por marcas internacionais já que nós temos como alvo consumidores jovens que apreciam produtos internacionais a preços razoáveis," disse um executivo de Phuc Long.
Phuc Long definitivamente não é a única cadeia de café local que está competindo de igual para igual com empresas estrangeiras.
Uma pesquisa realizada pelo Financial Times Confidential Research com mil consumidores em cada uma das cinco maiores economias do Sudeste Asiático descobriu que o Vietnã era o único país onde a Starbucks não era tão visitada pelos amantes locais de café como as marcas locais como Trung Nguyen e Highlands Coffee.
O potencial de crescimento dessas cadeias é maior, com mais empresas internas entrando nesse mercado.
Saigon Café abriu sua primeira loja em julho do ano passado. Desde então, a cadeia doméstica teria investido cerca de US$ 2,2 milhões, excluindo os custos de aluguel, em 10 pontos de venda em toda a cidade.
"Apesar da rivalidade com as marcas internacionais estar cada vez mais acirrada, tivemos um lucro líquido não muito tempo depois de nossa primeira loja aberta", disse um executivo Saigon Café. "Atualmente, cada loja está relatando receita mensal de US$ 660 mil em média. Nossa estimativa é que o lucro líquido pode variar entre 20 e 25%".
Apesar do fato das cadeias internacionais de café, como Starbucks e The Coffee Bean & Tea Leaf terem sido bem recebidas no país do Sudeste Asiático, tem havido um aumento no estabelecimento de marcas caseiras.
Se por um lado as cadeias locais de café estão confiantes de que os moradores irão se manter fiéis ao sabor forte do café vietnamita. Por outro lado, elas têm atendido às demandas de uma crescente população urbana de classe média-alta que está mais interessada em provar mais o ambiente da loja do que o sabor do café.
De acordo com a Euromonitor International, uma organização de pesquisa de mercado localizada no Reino Unido, o crescimento anual das franquias de café no Vietnã está atualmente em 7%.
Tradução: Jhonatas Simião
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