Café: Mercado tem sessão volátil em Chicago nesta 3ª feira, realiza lucros e fecha em leve queda
Os futuros do café arábica fecharam em queda na Bolsa de Nova York nesta terça-feira (15). O mercado chegou a operar com boas altas, subir mais de 100 pontos entre os principais contratos, porém, passou a realizar lucros e encerrou os negócios com perdas de pouco mais de 15 pontos. Assim, o contrato dezembro concluiu o pregão valendo 161,80 cents de dólar por libra-peso, enquanto o março/17 foi a 165,30 cents e o maio/17 a 167,70 cent/lb.
Como explicam analistas, o mercado - apesar das recentes altas - segue bastante volátil nesta semana, com o quadro financeiro ainda buscando um direcionamento após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas. "O tom de apreensão ainda ronda os operadores e suas apostas de curto prazo", diz o diretor executivo da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Além disso, há ainda a influência direta da movimentação do dólar que, em alta, segue pressionando as cotações em Nova York. "As moedas ao redor do mundo devem sofrer um processo de depreciação, então, cuidado e atenção porque a frente o que temos são fortes emoções, volatilidade nas alturas e adrenalina", completa o analista.
Em contrapartida, há ainda o acompanhamento das chuvas que continuam chegando à regiões produtoras do Brasil."As chuvas chegaram com força e a previsão é que as mesmas fiquem na região produtora até pelo menos o final do mês", diz ainda Magalhães.
Complementando o quadro e dando suporte aos preços internacionais há as preocupações com a oferta seguem no radar dos traders, trazendo, no longo prazo, uma tendência de alta para o café negociado na Bolsa de Nova York, segundo explicam analistas. E ao lado de adversidades climáticas que vêm sendo registradas em importantes países produtores, há ainda o fator de bienalidade baixa nesta temporada.
“Mais arábica está sendo mantido para consumo interno e agora é menos disponível para exportação, e esta tendência deverá continuar”, explica Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group e analista, Jack Scoville.
E nesta terça, com o feriado da Proclamação da República comemorado no Brasil, o mercado interno não funcionou. A seguir, veja como foram os negócios desta segunda-feira.
Mercado interno
por Sandy Quintans
Com a forte alta do dólar, os preços no Brasil ganharam sustentação e quase não foram registradas quedas significativas no Brasil. Carvalhaes explica que com a alta de hoje também em Nova York, negócios foram registrados no final do dia, impulsionado pelo cenário positivo.
“O momento agora é de vender. As exportações devem continuar fortes nos próximos dois meses, com os armazéns cheios e preços favoráveis”, explica. Apesar disto, produtores estão segurando negócios, sabendo que a oferta no próximo ano é menor do que a demanda mundial.
Para o cereja descascado foram registradas altas de 1,13% em Guaxupé (MG) e referência a R$ 625,00 pela saca de 60 quilos. Por outro lado, em Poços de Caldas (MG) houve a redução de 0,63% nos preços, com saca sendo cotada a R$ 634,00.
No tipo 4/5, em Poços de Caldas (MG) a saca fechou em R$ 575,00, após subir 0,70%. Em Guaxupé (MG), os preços caíram 0,31% e a referência passou para R$ 650,00 pela saca de 60 quilos.
Já o tipo 6 duro subiu 1,69% em Franca (SP), com negócios a R$ 600,00 pela saca. Em Poços de Caldas (MG), a alta registrada foi de 1,81%, com cotação de R$ 562,00 pela saca.
Na sexta-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 563,29 com alta de 0,12%.
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