CNC e FAEMG se reúnem para tentar unificar planejamento em prol do fortalecimento da cafeicultura brasileira
BALANÇO SEMANAL — 10 a 14/10/2016
FORTALECIMENTO DO SETOR — Na sexta-feira passada, 7 de outubro, o Conselho Nacional do Café e a Comissão Técnica Estadual de Cafeicultura da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG) realizaram reunião conjunta com o objetivo de unificar o planejamento sindical e cooperativista para debater problemas e traçar metas e ações conjuntas em prol da atividade cafeeira.
Nesse sentido, as lideranças do setor de produção optaram pela criação de um Grupo de Inteligência, que pretende juntar as iniciativas existentes – do CNC, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e dos demais segmentos do setor – ao aparato governamental disponibilizado pelo novo Departamento de Café, Cana de Açúcar e Agroenergia tão logo seja instituído.
O CNC, a CNA e a FAEMG entendem como necessário um serviço voltado à inteligência para a cafeicultura brasileira, alinhado com o Governo Federal, haja vista que, através dele, poderão ser desenvolvidos trabalhos para, entre outros, o aprimoramento das estatísticas do setor, focando o georreferenciamento do parque cafeeiro; para um maior investimento em pesquisas e tecnologia, com o objetivo de se alcançar ainda mais variedades resistentes a adversidades climáticas, pragas e doenças e com maior produtividade; para a evolução da sustentabilidade no campo, com a preservação de postos de trabalho, do meio ambiente e foco em geração de renda; e para uma cooperação visando ao incremento da promoção dos Cafés do Brasil como um todo.
Entendemos que, a partir da estruturação, união e desenvolvimento de um serviço conjunto de inteligência no Brasil, poderemos abrir espaço para o acesso a informações internacionais relevantes e, também, contribuir para que o mesmo seja feito na Organização Internacional do Café (OIC), principal fórum de debate da cafeicultura global, de maneira que o setor torne-se mais transparente no mundo, fato que possibilitará a implantação de políticas públicas e privadas que garantam renda a todos os elos da cadeia produtiva.
MERCADO — Nesta semana mais curta em função do feriado de Dia de Colombo nos Estados Unidos, que não fechou a ICE Futures US, mas diminuiu o interesse dos operadores, e do feriado de Nossa Senhora Aparecida, na quarta-feira, no Brasil, os contratos futuros do café registraram ganhos no mercado internacional, sendo impulsionados pela fraqueza do dólar frente às principais divisas internacionais e pela recompra de posições por parte dos fundos de investimentos e das torrefadoras.
O dólar comercial registrou perda de 1,09% no acumulado da semana frente ao real, pressionado, entre outros pontos, pelo fraco desempenho da balança comercial da China, onde as exportações recuaram 10% e as importações declinaram 1,9% em setembro ante 2015, sinalizando fraqueza na demanda mundial. Ontem, a divisa norte-americana finalizou os negócios a R$ 3,1816.
Também chama a atenção dos players o clima no Brasil. Os operadores permanecem atentos à previsão meteorológica do principal produtor mundial, que se encontra em período de floradas. De acordo com a Somar Meteorologia, não haverá déficit hídrico significativo que possa causar alguma perda nos próximos dias, mas há risco de temperaturas mais elevadas em algumas áreas do Triângulo Mineiro. Dessa maneira, a instituição recomenda vigília sobre as condições meteorológicas devido ao risco de altas temperaturas, as quais podem causar problemas às floradas.
No mercado físico nacional, a perspectiva de menor produção na safra 2017/18 desacelera o volume de negócios antecipados envolvendo o café. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), muitos produtores de arábica preferem aguardar o desenvolvimento das floradas e um maior volume de chuva para terem uma definição mais clara da próxima safra. Para o robusta, as incertezas são ainda maiores, assim, os cafeicultores dessa variedade, que registram dois anos consecutivos de safras prejudicadas pelo clima, devem realizar poucos contratos nesta temporada.
Em relação à comercialização da safra 2016/17, as vendas de arábica seguem retraídas, com os produtores à espera de novas altas e os compradores não aceitando os preços pedidos. Ontem, o Indicador Cepea/Esalq da variedade foi cotado a R$ 498,77/saca, apurando elevação de 1,46% ante a sexta-feira passada. Para o robusta, a retração vendedora segue impulsionando os valores internos para novas máximas. O Indicador Cepea/Esalq do conilon fechou a R$ 487,93/saca na quinta, novo recorde da série histórica, que indicou elevação de 3,08% frente à semana passada.
0 comentário

Café: Preços futuros ampliam as quedas na tarde desta 4ª feira em Nova York

Preços futuros do café trabalham com quedas na sessão desta 4ª feira em NY

Colheita do conilon começa no Espírito Santo com evento em Jaguaré

Café/Cepea: Colheita da safra 25/26 se inicia no BR; preços oscilam

Importações de café da União Europeia estão mais lentas em 2025, indica análise da Hedgepoint

Alta da moeda brasileira impulsiona os preços do café arábica na sessão desta 3ª feira na Bolsa de NY