Café: Após ajustes da última sessão, Bolsa de Nova York opera com leves ganhos nesta 4ª feira
Nesta quarta-feira (12), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE FUTURES US) operam com leves altas nos principais vencimentos. Na sessão anterior, o mercado registrou perdas de até 200 pontos, devolvendo parte dos ganhos da segunda-feira - quando registrou alta de 500 pontos.
Com isso, às 9h58 (no horário de Brasília), o vencimento dezembro/16 subia 115 pontos e era cotado a 151,95 cents/lb. Já março/17 anotava valorização de 120 pontos e negociação a 155,50 cents/lb. O contrato maio/17 estava subindo 165 pontos e cotado a 157,95 cents/lb.
Mesmo com as perdas da última sessão, o mercado internacional segue atento às informações climáticas do cinturão produtivo do Brasil, que pode impactar na Safra 2017/18 de café. Mapas climáticos dos principais institutos de meteorologia apontam que a frente fria que trouxe fortes chuvas para Minas Gerais e Bahia devem perder força nos próximos dias. Com isso, as temperaturas devem subir em boa parte das regiões produtoras e reduzir as possibilidade da principal florada, que ainda não ocorreu em grande parte do cinturão.
Veja como fechou o mercado de café na terça-feira:
Café: Bolsa de Nova York realiza ajustes nesta 3ª após subir 500 pts na véspera, mas mantém patamar de US$ 1,50/lb
Por Jhonatas Simião
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta terça-feira (11) com queda próxima de 200 pontos e perderam parte dos ganhos registrados na véspera em ajustes técnicos e com a pressão do câmbio. Com essa queda, os preços externos do grão que se aproximavam de US$ 1,60 por libra-peso ontem voltaram para US$ 1,55/lb. Apesar da desvalorização, os operadores seguem atentos às informações climáticas/que podem impactar a safra 2017/18 do Brasil.
Os lotes com vencimento para dezembro/16 encerraram a sessão de hoje cotado a 150,80 cents/lb com 205 pontos de queda, o março/17 anotou 154,20 cents/lb também com 205 pontos de recuo. Já o contrato maio/17 fechou o dia com 156,30 cents/lb com 205 pontos de desvalorização e o julho/17, mais distante, registrou 158,20 cents/lb com baixa de 200 pontos.
De acordo com o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado, a queda na Bolsa de Nova York nesta terça-feira foi basicamente técnica. "Após a boa alta verificada ontem, as cotações tiveram um dia de queda que se deu basicamente em cima de ajustes e correção técnica, valendo ressaltar que foi preservado o suporte de 150 cents/lb", afirma. Na segunda-feira, os preços externos do arábica tiveram ganhos próximos de 500 pontos e testaram US$ 1,60/lb nos vencimentos distantes.
Apesar de fechar em baixa, o câmbio também contribuiu para a queda no mercado do café durante o dia. Na máxima da sessão, o dólar comercial chegou a R$ 3,2273. A moeda mais valorizada tende a encorajar as exportações, em compensação os preços recuam. A moeda norte-americana fechou o dia com queda de 0,08%, a R$ 3,1999, acompanhando os mercados externos. É o menor patamar de fechamento desde 16 de agosto.
Em setembro, as exportações de café pelo Brasil totalizaram 2,5 milhões de sacas, de acordo com o relatório mensal produzido pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). O resultado é reflexo do segundo mês consecutivo da greve alfandegária no Porto de Santos, que impacta diretamente no liberação dos certificados de exportações emitidos no período.
"Temos convicção de que é algo pontual. Assim que tudo for regularizado, os números serão atualizados, refletindo a normalidade registrada em agosto e mantendo o crescimento contínuo conquistado pela eficiência e a sustentabilidade de nossos processos produtivos, que resultam em um café cada vez mais qualificado e interessante para o consumidor no mundo todo", afirma o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.
» Exportações brasileiras de Café atingem 2,5 milhões de sacas em setembro
Apesar da queda nesta terça-feira, os operadores no terminal externo também seguem atentos às informações climáticas que impactam a safra 2017/18 de café do Brasil, que é o maior produtor e exportador da commodity no mundo. De acordo com mapas climáticos, após as recentes chuvas em algumas localidades brasileiras, o que poderia estimular floradas da safra 2014/18, frentes frias chuvosas não devem avançar pelas áreas produtoras de café e a temperatura também subirá nos próximos dias. No Norte do Paraná e Oeste de São Paulo, precipitações podem ocorrer.
A Zona da Mata de Minas Gerais foi a primeira região produtora do Brasil que já recebeu a principal florada da safra 2017/18. Os produtores da localidade estão animados e afirmam que a produção tem saúde e condições de dar um bom retorno no próximo ano. Ainda assim, a maior parte das regiões produtoras do país ainda não tiveram a principal florada.
Mercado interno
No Brasil, seguem isolados os negócios com café ainda mais com a proximidade do feriado nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida amanhã (12). Diante da atual situação mercadológica, os cafeicultores brasileiros também esperam preços mais altos e fazem apenas vendas isoladas quando precisam fazer caixa.
O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 580,00 a saca e queda de 1,69%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,85% e saca a R$ 550,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 525,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 1,96% e saca a R$ 496,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação na cidade de Franca (SP) com R$ 535,00 a saca – estável. A maior variação no dia dentre as praças ocorreu na Média Rio Grande do Sul (Clicmercado) com alta de 2,04% e saca a R$ 500,00.
0 comentário

Preços do café se consolidam altos no fechamento da sessão desta 6ª feira (02) com robusta registrando ganho de mais de 3%

Café em Prosa #209 - O turismo do café é uma oportunidade de explorar a cultura e a tradição da bebida em diferentes regiões do mundo

Café arábica passa registrar quedas moderadas em NY no início da tarde desta 6ª feira (02)

Exportações de café da Colômbia aumentaram 20% no 1º tri, diz associação de produtores

Café: Relação entre oferta e demanda mantém volatilidade dos preços, que iniciam 6ª feira (02) com ganhos

Com preocupações com a demanda, preços do café registram fortes quedas nesta 5ª feira em NY