Congresso Nacional da Costa Rica mantém proibição para o cultivo de café robusta
O Congresso Nacional do Café da Costa Rica, um grupo de representantes da indústria cafeeira e do governo que define a política no país centro-americano, confirmou a proibição de cultivar o grão robusta, disse dois participantes em uma sessão extraordinária no sábado.
A proposta de alteração de um decreto contra o robusta, que foi proibido em 1988 para promover a produção de arábica, teve o apoio de mais da metade do Congresso, mas não alcançou a maioria de dois terços necessária para aprovação, disse José Manuel Hernandez, chefe da Câmara de Café dos torrefadores da Costa Rica, e Ricardo Seevers, ex-presidente do maior grupo de comércio da Costa Rica, o Instituto do Café (ICAFE).
A votação mostra um interesse crescente na Costa Rica, 14º maior produtor de café do mundo, em torno do reestabelecimento do grão que tem mais cafeína e amargo, o que reduziria a necessidade de importação de robusta para o consumo doméstico do país.
Uma comissão do ICAFE, que incluiu representantes da indústria, havia recomendado a revisão no embargo à luz das realidades de mercado e clima não visto há três décadas.
Os opositores à proposta, no entanto, acreditam que o café robusta ameaça a reputação da Costa Rica como um produtor de arábica premium.
Descoberto na Etiópia e agora presente em grande parte da América Latina, África e Ásia, o café arábica dominou rapidamente o mundo e representa cerca de 60% da produção mundial. Enquanto a demanda global para o café só aumenta, tanto no arábica como no robusta, ambas são sensíveis e estão sob ameaça do clima em longo prazo.
Tradução: Jhonatas Simião
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