Café: Bolsa de Nova York realiza ajustes e opera com leve queda nesta manhã de 5ª feira
Em ajustes técnicos, os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam próximos da estabilidade nesta manhã de quinta-feira (6) e perdem parte dos ganhos de 100 pontos registrados na sessão anterior, quando o mercado voltou a repercutir com força as incertezas sobre a safra do Brasil e o câmbio, que impacta diretamente nas exportações da commodity.
Pelo horário de Brasília, às 10h18, o vencimento dezembro/16 estava cotado a 147,65 cents/lb com queda de 55 pontos, o março/17 registrava 151,15 cents/lb com recuo de 40 pontos. Já o contrato maio/17 estava sendo negociado a 153,10 cents/lb com 40 pontos de baixa e o julho/17, mais distante, também caía 40 pontos cotado a 154,85. cents/lb.
Nos últimos dias, áreas de café das principais origens produtoras do Brasil receberam bons volumes de chuva, o que fez com que os preços no terminal externo recuassem, pois havia a expectativa dentre os operadores de que a condição das lavouras para a próxima temporada seria melhor. No entanto, a preocupação com a próxima temporada voltou a tomar conta do mercado, segundo reportam agências internacionais.
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Veja como fechou o mercado na quarta-feira:
Café: Em ajustes e com operadores atentos ao Brasil, Bolsa de Nova York tem alta de 100 pts nesta 4ª feira
Os futuros do arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quarta-feira (5) com alta de cerca de 100 pontos após fecharem praticamente estáveis na véspera. O mercado tem trabalhado nos últimos dias sem direcionamento definido, mas voltou na sessão de hoje a repercutir as incertezas em relação à safra 2017/18 de café do Brasil e o câmbio, que impacta diretamente nas exportações da commodity. Com essa alta, os preços externos da variedade já estão voltar ao patamar de US$ 1,55 por libra-peso.
O contrato dezembro/16 encerrou a sessão de hoje cotado a 148,45 cents/lb com 100 pontos de alta, o março/17 anotou 151,95 cents/lb com 115 pontos de avanço. O vencimento maio/17 fechou o dia com 153,90 cents/lb e 115 pontos de valorização e o julho/17, mais distante, registrou 155,65 cents/lb com ganhos de 115 pontos.
"Algumas previsões de chuva nas áreas de café do Brasil criaram nesta semana um interesse maior pelas vendas com ideias de que a floração pode começar agora com essas melhores condições climáticas. No entanto, as chuvas devem deixar áreas de cultivo do Brasil hoje e o tempo seco deve voltar", explicou o analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
Nos últimos dias, áreas de café das principais origens produtoras do Brasil receberam bons volumes de chuva, o que fez com que os preços no terminal externo recuassem, pois havia a expectativa dentre os operadores de que a condição das lavouras para a próxima temporada seria melhor. No entanto, a preocupação com a próxima temporada voltou a tomar conta do mercado, segundo reportam agências internacionais.
Com as recentes chuvas, a Zona da Mata de Minas Gerais já recebeu a principal florada da safra 2017/18. Os produtores da localidade já estão animados e afirmam que a produção tem saúde e condições de dar um bom retorno no próximo ano. Ainda assim, a maior parte das regiões produtoras do país ainda não tiveram a principal florada. No Sul de Minas Gerais, por exemplo, apenas 20% das lavouras estão prontas para a próxima temporada.
Mapas climáticos apontam que as chuvas prosseguem nesta quarta, principalmente, sobre o Oeste de Minas Gerais, Sul da Bahia, Norte do Espírito Santo e parte da Zona da Mata de Minas Gerais. Amanhã, o tempo seco retorna ao Cerrado e as precipitações devem ocorrer em áreas do Sul da Bahia e Sul de Minas Gerais.
De acordo com o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado, movimentações técnicas nesta quarta-feira também garantiram o território positivo para as cotações. "As ações na casa de comercialização norte-americana foram técnicas e novamente a posição dezembro trabalho axima do patamar de 150,00 cents/lb. Entretanto, no final do dia, algumas vendas foram identificadas, o que permitiu uma desaceleração das cotações", afirma.
Além das apreensões com o clima no Brasil e as variáveis técnicas, o mercado do arábica também repercutiu nesta terça-feira o câmbio, que impacta diretamente nas exportações da commodity. O dólar mais baixo em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity, em compensação, os preços externos avançam. A moeda norte-americana recuou na sessão 1,1%, cotada a R$ 3,2193, em processo de ajustes ante a véspera e o dado pior que o esperado sobre emprego no setor privado dos Estados Unidos.
Mercado interno
No Brasil as negociações com café seguem lentas nas praças de comercialização verificadas pelo Notícias Agrícolas. O produtor brasileiro segue reticente e prefere aguardar melhores patamares para voltar a ofertar mais ativamente sua produção. "Baixas nas bolsas e chuvas na zona produtora dão uma cara de ressaca ao mercado interno do café", explicou ontem (4) o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 580,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Franca (SP) com alta de 1,94% e saca a R$ 525,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 580,00 a saca e alta de 0,87%. Foi a maior oscilação dentre as praças de comercialização.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação na cidade de Guaxupé(MG) com R$ 513,00 a saca e alta de 0,98%. A maior oscilação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com avanço de 2,04% e saca a R$ 500,00.
Na terça-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 497,11 e valorização de 0,95%.
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