Café: Após estabilidade na véspera, Bolsa de Nova York sobe cerca de 100 pts nesta manhã de 4ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 100 pontos nesta manhã de quarta-feira (5), mas ainda trabalham sem direcionamento definido após a queda de cerca de 400 pontos na segunda-feira (3). O mercado segue atento às incertezas na safra 2017/18 do Brasil devido à melhora na condição climática nesta semana nas principais origens produtoras do país.
Para o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado do arábica parece já ter precificado todas as variáveis disponíveis. "Ao que parece, tecnicamente, os patamares estão precificados e dificilmente deverão romper o atual intervalo", ponderou o analista ontem (4).
Pelo horário de Brasília, às 09h38, o vencimento dezembro/16 estava cotado a 148,65 cents/lb e o março/17 registrava 152,00 cents/lb, ambos com alta de 120 pontos. Já o contrato maio/17 estava sendo negociado a 153,65 cents/lb com 90 pontos de avanço e o julho/17 subia 150 pontos cotado a 156,00 cents/lb.
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Veja como fechou o mercado na terça-feira:
Café: Após queda expressiva na véspera, Bolsa de Nova York fecha sessão próxima da estabilidade nesta 3ª
Após caírem mais de 400 pontos na sessão anterior, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta terça-feira (4) praticamente estáveis. Ainda assim, os vencimentos continuam próximos do patamar de US$ 1,50 por libra-peso. Apesar da Os investidores no mercado externo seguem atentos às previsões de chuvas no cinturão produtivo que podem melhorar as lavouras da safra 2017/18 do Brasil.
O contrato dezembro/16 encerrou a sessão de hoje cotado a 147,60 cents/lb com 5 pontos de alta, o março/17 anotou 150,80 cents/lb com 10 pontos de queda. O vencimento maio/17 fechou o dia com 152,75 cents/lb e 5 pontos de desvalorização e o julho/17 registrou 154,50 cents/lb com perda de 5 pontos. Esse patamar registrado nos principais lotes negociados é bem distante das máximas de US$ 1,60/lb vistas no fim de setembro.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia nos mercados globais foi marcado por curtas oscilações e baixa liquidez na maioria dos ativos. No café, isso não foi diferente. "Independente das recentes chuvas no Brasil, o mercado não teve forças para romper as atuais amarras", explica. "Ao que parece, tecnicamente, os patamares estão precificados e dificilmente deverão romper o atual intervalo", pondera Magalhães.
Mapas climáticos apontam que a semana começa com chuvas fortes sobre o cinturão produtivo de café do Brasil. Relatos de produtores em redes sociais confirmam essa condição. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) aponta que entre terça e quarta-feira choverá mais de 40 milímetros no Sul de Minas Gerais e Cerrado Mineiro e entre 20 e 30 milímetros no Espírito Santo, Alta Mogiana e em parte do Sul da Bahia. No Paraná, Oeste de São Paulo e Baixa Mogiana, a chuva deve ser mais fraca.
Dados da Climatempo apontam que as chuvas devem durar até o próximo dia 13 de outubro em algumas regiões do Brasil. Com isso, o acumulado das precipitações na região Sul de Minas Gerais, na Mogiana Paulista e no Espírito Santo pode chegar a 100 milímetros.
Na segunda-feira cerca de oito cidades entre o Sul de Minas Gerais e São Paulo foram atingidas por fortes chuvas, inclusive com relatos de granizo. Essa condição, no entanto, não foi generalizada. Essas fortes precipitações vieram em um momento delicado para as lavouras, uma vez que elas estão próximas de receber a principal florada.
Com as recentes chuvas, a Zona da Mata de Minas Gerais já recebeu a principal florada da safra 2017/18. Os produtores da localidade já estão animados e afirmam que a produção tem saúde e condições de dar um bom retorno no próximo ano. Ainda assim, a maior parte das regiões produtoras do país ainda não tiveram a principal florada. No Sul de Minas Gerais, por exemplo, apenas 20% das lavouras estão prontas para a próxima temporada.
Na sessão anterior, as cotações futuras do café arábica perderam cerca de 400 pontos diante da possibilidade de melhora na condição climática do cinturão produtivo de café do Brasil. "Há a percepção no mercado de que essas chuvas têm forças para quebrar o tempo seco nas regiões produtoras, o que gerava muitas dúvidas em relação ao potencial produtivo da safra 2017/18 do Brasil", explicou ontem (3) o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach. A temporada 2017/18 é de bienalidade baixa para a maioria das regiões, ou seja, já deve ter produção menor que a safra que acabou de ser colhida.
O dólar comercial fechou em alta nesta terça-feira. No entanto, não exerceu influência sobre os preços do café arábica no terminal externo. As oscilações no câmbio tendem a impactar diretamente as exportações da commodity. Em um movimento de ajustes ante a queda na véspera, a moeda norte-americana subiu 1,54%, vendida a R$ 3,2551.
Mercado interno
No mercado interno, os negócios com café seguem sem muitas novidades ainda nesta terça-feira de fechamento praticamente estável e forte queda do dólar ontem (3). O produtor brasileiro aguarda por melhores patamares para voltar a ofertar mais ativamente suas produções. "O setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas inviabilizando o aumento da liquides nas principais praças de comercialização ao redor do Brasil.", explicou Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 580,00 a saca e queda de 1,69%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 1,88% e saca a R$ 521,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 575,00 a saca e alta de 0,88%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 2,56% e saca a R$ 494,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG) e Varginha (MG), ambas com R$ 510,00 a saca, baixa de 1,92% na primeira e 0,97% na segunda. A maior oscilação no dia ocorreu na Média Rio Grande do Sul com baixa de 2,97% e saca a R$ 490,00.
Na segunda-feira (3), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 492,44 e desvalorização de 2,11%.
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