Café: Bolsa de Nova York estende ganhos nesta 4ª com operadores preocupados com safra 17/18 do Brasil
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de cerca de 100 pontos nesta tarde de quarta-feira (21) e estendem os ganhos registrados nas últimas sessões. O mercado segue se baseando nas incertezas em relação à oferta mundial do grão com informações sobre a próxima safra do Brasil, mas também tem suporte do câmbio. Os vencimentos mais distantes já testam o patamar de US$ 1,60 por libra-peso.
Por volta das 12h06, o contrato dezembro/16 registrava 157,75 cents/lb com 95 pontos de alta, o março/17 tinha 160,90 cents/lb com 1000 pontos de avanço. Já o vencimento maio/17 estava cotado a 162,60 cents/lb com 110 pontos de valorização e o julho/17, mais distante, anotava 164,10 cents/lb com 110 pontos positivos.
Os operadores no terminal externo estão preocupados com a oferta global do grão diante de problemas que já começam a aparecer na safra 2017/18, que já deve ser bienalidade baixa para a maioria das regiões produtoras do Brasil. "A falta de chuvas em Minas Gerais está começando a chamar a atenção do mercado", disse ontem (20) ao Agrimoney o analista de mercado e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
A Cooxupé (Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé) já relata preocupações com a safra 2017/18 do Brasil. "Em visitas pelas principais regiões produtoras já se percebe que a safra do próximo ano será entre 15% e 20% menor no arábica e no robusta por conta do clima. Isso se as condições se normalizarem. Do contrário, as perdas podem ser ainda maiores", o superintendente de comercialização da Cooxupé, Lúcio Dias.
Além das questões fundamentais, o mercado do arábica também avança nesta quarta-feira com suporte do câmbio com investidores à espera da decisão do Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos sobre a taxa de juros e informações sobre economia do Japão. Às 11h09, a moeda norte-americana caía 0,8%, vendida a R$ 3,2348.
Paralelamente, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou agora pela manhã que a produção do Brasil na safra 2016/17 deve ser de 49,64 milhões de sacas de 60 kg. O resultado representa um acréscimo de 14,8%, se comparado à produção de 43,24 milhões de sacas obtidas em 2015.
Enquanto isso, no Brasil, continuam no mesmo ritmo os negócios com café. Muitos produtores seguem à espera de melhores patamares para negociar mais ativamente suas produções. "O mercado interno do café deverá ter dia lento e negócios isolados", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães. Na terça-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 514,24 e avanço de 1,22%.
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