Café: Cotações do arábica perdem mais de 300 pts nesta 6ª em NY, mas mantém patamar de US$ 1,55/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de mais de 300 pontos nesta tarde de sexta-feira (9) e perdem parte dos ganhos registrados nas últimas sessões, quando as cotações externas da variedade se aproximaram do patamar de US$ 1,60 por libra-peso. Apesar da queda expressiva, os preços externos da variedade continuam próximos de US$ 1,55/lb.
Por volta das 12h35, o contrato dezembro/16 registrava 151,30 cents/lb com 360 pontos de queda, o março/17 tinha 154,55 cents/lb também com 360 pontos de recuo. Já o vencimento maio/17 estava cotado a 156,40 cents/lb com 365 pontos de desvalorização e o julho/17, mais distante, anotava 158,10 cents/lb com 370 pontos negativos.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as bolsas externas para o café operam em baixa nesta sexta-feira em alinhamento a realização de lucros e a alta do dólar. Às 10h49, a moeda norte-americana subia 1,67%, vendida a R$ 3,2643, repercutindo o movimento de aversão ao risco depois de dados fracos sobre inflação na China e a Coreia do Norte realizar novo teste nuclear.
Além disso, o comportamento corretivo do mercado ontem (8) e hoje foi adiantado por James Cordier, fundador da OptionSellers.com, em entrevista à Reuters na quarta-feira. Ele explicou para a agência que o rally nos preços da commodity poderiam perder força em breve apontando os estoques abundantes do grão nos principais países consumidores.
Apesar dos ajustes técnicos, o mercado segue atento ao clima nas origens produtoras, fato que fez com que as cotações do arábica chegassem a US$ 1,60/lb nos últimos dias. Mapas climáticos mostram que para os próximos dez dias o clima nas principais origens produtoras de café deve ficar mais quente e seco após as recentes chuvas. Devem ser registradas precipitações somente no início da segunda quinzena de setembro.
As dúvidas em relação ao equilíbrio entre oferta e demanda no mercado também assusta o mercado. A OIC (Organização internacional do café) reportou na semana passada que em julho as exportações globais do grão tiveram um recuo de 22% ante o mesmo período de 2015, totalizando 7,75 milhões de sacas de 60 kg no mês.
Já nas praças de comercialização do Brasil os negócios com café seguem lentos. "O Mercado interno do café deverá ter dia lento e com níveis de preços estáveis em reais", explica Marcus Magalhães. Vale lembrar que a semana mais curta por conta dos feriados, prejudica a liquidez nas praças de comercialização. Na quinta-feira (8), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 501,36 e alta de 0,55%.
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