Café: Bolsa de Nova York opera com leve alta nesta manhã de 2ª feira, mas continua abaixo de US$ 1,50/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de segunda-feira (15) após fecharem a semana anterior, mais uma vez, com baixa acumulada. O mercado realiza ajustes técnicos, mas também tem suporte do financeiro e das incertezas em relação à safra 2016/17 do Brasil.
No entanto, apesar da alta, os principais vencimentos no mercado continuam abaixo de US$ 1,50 por libra-peso. Por volta 09h25, o contrato setembro/16 registrava 137,20 cents/lb com 35 pontos de avanço, o dezembro/16 anotava 140,65 cents/lb com 30 pontos de alta. Já o vencimento março/17 estava cotado a 143,80 cents/lb com 25 pontos de avanço e o maio/17 anotava 145,65 cents/lb com 20 pontos de valorização.
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Veja como fechou o mercado na sexta-feira:
Café: Bolsa de Nova York tem mais uma semana de baixas com pressão do câmbio e safra do Brasil e fica distante de US$ 1,50/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a semana, mais uma vez, com queda nos principais vencimentos. Em ajustes técnicos e, principalmente, com influência do câmbio e de informações melhores em relação à safra 2016/17 de arábica do Brasil, os preços externos tiveram baixa acumulada de quase 4% e estão mais distantes do patamar de US$ 1,50 por libra-peso.
Nesta sexta-feira, o vencimento setembro/16 registrou 136,85 cents/lb com 85 pontos de baixa, o dezembro/16 anotou 140,35 cents/lb com 80 pontos de avanço. Já o contrato março/17 fechou a sessão cotado a 143,55 cents/lb e o maio/17 teve 145,45 cents/lb, ambos com 85 pontos de desvalorização.
Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as cotações do arábica na ICE fecharam em baixa com ajustes técnicos. "Operações de rolagens entre os vencimentos futuros deram o tom e impuseram seu ritmo próprio durante a sessão", afirma. O câmbio também contribuiu para a baixa no dia.
Após consecutivas quedas, o dólar fechou esta sexta-feira com alta de 1,43%, cotado a R$ 3,185 na venda, com o Banco Central atuando no mercado de câmbio. A moeda estrangeira mais valorizada tende a dar maior competitividade às exportações da commodity, os preços externos do grão, no entanto, tendem a recuar. Na semana, o dólar acumulou alta de 0,5%.
De acordo com o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), os embarques do país em julho totalizaram 1,91 milhões de sacas. O volume representa uma queda de 37% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 2,55 milhões de sacas.
Levando em conta o primeiros sete meses do ano, o Brasil exportou 18,19 milhões de sacas. O volume representa um queda de 11,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita com os embarques totalizou US$ 2,69 bilhões, com uma baixa de 26,2% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior.
Além das questões técnicas e do câmbio, os operadores na Bolsa de Nova York também estiveram bastante atentos durante a semana com as informações sobrem o avanço da colheita da safra 2016/17 do Brasil e a melhora na qualidade das amostras que chegam ao mercado.
Segundo estimativa da Safras & Mercado divulgada na quinta-feira (11), a colheita brasileira até dia 10 de agosto estava em 81%. Tomando por base a última estimativa da consultoria, de 54,9 milhões de sacas de 60 kg, já foram colhidas 44,26 milhões de sacas.
Para o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, o clima mais favorável ajudou no bom ritmo da colheita. No robusta, os trabalhos já foram concluídos e os resultados das lavouras de arábica têm melhorado e surpreendido positivamente em termos de produtividade.
Do lado fundamental, dá suporte ao mercado a divulgação da OIC (Organização Internacional do Café), que estima uma baixa na produção global de café devido ao impacto da ferrugem no México. A Organização estima a produção global do grão em 143,3 milhão de sacas de 60 kg, ante uma prévia de 144,7 milhões de sacas.
"Isto é atribuído a um impacto da ferrugem do cafeeiro mais severo do que o antecipado, que reduziu de forma agressiva a produção em mais de um terço desde 2012/13", reportou a OIC.
Leilões de café da Conab
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realizou ontem (11) mais um leilão de café. Foram arrematadas 75% das 66,4 mil sacas de 60 kg do grão ofertado, que estava em armazéns da autarquia nos estados de Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Os preços de venda, dependendo do lote, variaram entre R$ 426,60 e R$ 481,75 a saca.
As vendas da Companhia fazem parte de uma iniciativa de leiloar nos próximos meses 50% dos estoques brasileiros em avisos quinzenais a fim de reduzir as preocupações com oferta do grão no país e equalizar os altos preços pagos no mercado devido à seca.
Mercado interno
No Brasil, os negócios com café continuam lentos. De acordo com analistas, os produtores do grão preferem aguardar melhores patamares para voltarem às praças de comercialização. "No lado interno, o dia foi lento e com preços buscando sustentação. Pouca liquidez e ansiedade elevada vem dando a tônica", afirma Marcus Magalhães. No acumulado da semana, os preços externos tiveram perdas na maioria das praças verificadas pelo Notícias Agrícolas.
O presidente da Cooxupé, Carlos Paulino, afirmou à Reuters na segunda-feira (8), durante evento em São Paulo, que os produtores da Cooperativa têm relutado em vender o produto abaixo do nível de R$ 500,00 a R$ 510,00 a saca, mas o ritmo de comercialização é "normal".
O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 590,00 a saca e alta de 0,85%. Foi a maior variação no dia dentre as praças.
Da sexta-feira passada para hoje, a cidade que registrou maior variação para o tipo foi Guaxupé (MG) com queda de R$ 27,00 (-4,89%), saindo de R$ 552,00 para R$ 525,00 a saca.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 531,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 1,03% e saca a R$ 491,00.
Para o tipo, conforme o gráfico, a maior oscilação na semana foi registrada em Guaxupé (MG), que tinha saca cotada a R$ 502,00, mas subiu R$ 29,00 (5,78%) e agora vale R$ 531,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação nas cidades de Araguari (MG) e Franca (SP) com R$ 510,00 a saca, preço estável e desvalorização, respectivamente. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu no Oeste da Bahia com R$ 490,00 a saca e alta de 3,16%.
A variação mais expressiva de preço na semana para o tipo 6 duro foi registrada em Patrocínio (MG). A saca estava cotada a R$ 510,00 na sexta-feira passada, mas teve desvalorização de R$ 30,00 (-5,88%) e agora está em R$ 480,00.
Na quinta-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 466,18 com queda de 1,13%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, para o café robusta fechou o pregão desta sexta-feira praticamente estável. O contrato setembro/16 anotou US$ 1803,00 por tonelada com queda de US$ 5, o novembro/16 teve US$ 1835,00 por tonelada com baixa de US$ 6 e o janeiro/17 anotou US$ 1854,00 por tonelada com desvalorização de US$ 6.
Na quinta-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 423,93 com alta de 0,48%.
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