Café: Bolsa de Nova York opera com leve alta nesta manhã de 3ª feira e recupera parte das perdas da véspera

Publicado em 02/08/2016 09:28

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 50 pontos nesta manhã de terça-feira (02) e recuperam parte das perdas registradas na sessão anterior. O mercado realiza ajustes técnicos após se distanciar do patamar de US$ 1,50 por libra-peso nas últimas sessões, mas também tem suporte do câmbio.

Por volta das 09h13, o vencimento setembro/16 anotava 144,10 cents/lb com 65 pontos de alta, o dezembro/16 registrava 147,20 cents/lb com 45 pontos de valorização. O contrato março/17 estava cotado a 150,10 cents com 40 pontos positivos, enquanto o maio/17 tinha 150,85 cents/lb com 55 pontos de baixa.

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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:

Café: Bolsa de NY recua cerca de 300 pts nesta 2ª feira e volta a se distanciar do patamar de US$ 1,50/lb

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta segunda-feira (1º) com queda próxima de 300 pontos e perderam praticamente todos os ganhos registrados na sessão anterior. O mercado sentiu a pressão do câmbio, que impacta diretamente nas exportações, mas também repercutiu as incertezas em relação à safra do Brasil.

O contrato setembro/16 fechou o dia cotado a 143,45 cents/lb e o dezembro/16 teve 146,75 cents/lb, ambos com queda de 275 pontos. O vencimento março/17 registrou 149,70 cents/lb, enquanto o maio/17 anotou 151,40 cents/lb, os dois com 270 pontos de recuo.

De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a semana começa de forma lenta nos mercados globais, com investidores à espera de fatos novos. Com isso, as cotações sentiram forte a pressão do câmbio. "Não há no front qualquer nova variável por ser precificada", explica o analista.

O dólar comercial encerrou o pregão desta segunda-feira com valorização de 0,90%, cotado a R$ 3,2720 na venda. A moeda estrangeira teve alta repercutindo os mercados externos e a volta do Banco Central no câmbio. O dólar mais alto em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity.

Em julho (21 dias úteis), as exportações de café em grão do Brasil totalizaram 1,73 milhões de sacas, com receita de US$ 271,4 milhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (1º) pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O mercado registrou na sessão anterior alta de cerca de 400 pontos, mas hoje acabou revertendo praticamente todos os ganhos. Com isso, volta a ficar mais distante do patamar de US$ 1,50 por libra-peso. "As Bolsas de Nova York e Londres vêm respeitando o atual intervalo mercadológico até então definido e, ao que parece, deverá ficar nesta batida por um bom período à frente", explica Marcus Magalhães.

No geral, o clima tem contribuído para o avanço da colheita da safra 2016/17 do Brasil e os operadores também repercutem isso nas cotações. Segundo a Safras & Mercado, a colheita brasileira de café estava em 70% até dia 26 de julho. Tomando como base a estimativa da Companhia de 54,9 milhões de sacas de 60 kg para o Brasil nesta safra, é apontado que já foram colhidas 38,27 milhões de sacas.

De acordo com mapas climáticos, a semana começa no cinturão produtivo com tempo seco e temperaturas em elevação na maior parte das áreas. No Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia, podem ocorreram chuvas fracas e dispersas. As informações são da Somar Meteorologia.

Na sexta-feira (29), todo o volume ofertado de café pela Conab em leilões, de 67 mil sacas, foi arrematado. Os preços de venda do grão, dependendo do lote, variaram entre R$ 441,86 e R$ 455,19 a saca. Durante os próximos meses, a autarquia planeja vender 50% dos estoques públicos brasileiros, totalizando pouco mais de 1,3 milhão de sacas, em leilões quinzenais a fim de reduzir as preocupações com oferta e os altos preços no mercado motivado pela seca.

Mercado interno

A semana começa nas praças de comercialização do Brasil sem muita diferença dos últimos dias. Poucos negócios são realizados. Segundo analistas, a baixa dos preços externos nesta segunda-feira contribuiu ainda mais para a paradeira do mercado interno. "A sensação é de que os preços, tanto do arábica quanto do conilon, estão em linha às suas reais potencialidades de curto prazo", pondera Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado fechou com maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 600,00 a saca – estável . A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 6,44% e R$ 562,00 a saca.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 560,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com recuo de 1,18%.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 520,00 a saca e desvalorização de 1,96%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) e Franca (SP) com queda de 1,96% e saca cotada a R$ 500,00.

Na sexta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 494,19 com alta de 0,96%.

Bolsa de Londres

A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, perdeu todos os ganhos da sessão anterior nesta segunda-feira. O contrato julho/16 anotou US$ 1817,00 por tonelada e queda de US$ 31, o setembro/16 teve US$ 1842,00 por tonelada com recuo de US$ 29 e o novembro/16 anotou US$ 1860,00 por tonelada com desvalorização de US$ 28.

Na sexta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 420,84 com alta de 0,09%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • miguel moura abdalla piraju - SP

    COMPRADORES DE CAFÉ: Acordem, estoque interno (para nosso consumo) é de 19 dias, mercado externo vai sentir saudades do nosso café a esses preços irrisórios...

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    • victor angelo p ferreira victorvapf nepomuceno - MG

      Será que um deputado inteligente não podia fazer um projeto de lei proibindo vencimentos de faturas para os meses de agosto setembro e outubro para os produtores rurais, para acabar com este sufoco de saldar compromissos ao mesmo tempo conviver com as dificuldades da colheita...É lógico que com os vencimentos organizados fora da época da colheita hão de convir que diminuirá em muito a oferta de roldão...vamos diluíra por um espaço maior...

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