Café: Bolsa de Nova York estende ganhos da sessão anterior em cerca de 100 pts nesta 5ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 100 pontos nesta manhã de quinta-feira (21) e estendem os ganhos da sessão anterior. Com esse novo avanço, os vencimentos mais distantes voltam a ficar acima de US$ 1,55 por libra-peso. O mercado segue atento ao financeiro e, principalmente, ao potencial produtivo do Brasil na próxima temporada.
De acordo com o analista do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, apesar de todas as incertezas na política e economia global, o cenário fundamental ainda é altista para o mercado. "Estamos sem estoques de café, o governo brasileiro deve vender seus últimos lotes nos próximos dias e depois vai sobrar muito pouco nas mãos dos produtores", afirmou ontem (20). "A tendência é que os preços melhorem daqui pra frente", pondera.
Por volta das 08h52, o vencimento setembro/16 registrava 147,70 cents/lb com 70 pontos de alta, o dezembro/16 anotava 150,75 cents/lb com 80 pontos de avanço. Já o contrato março/17 estava cotado a 153,55 cents/lb com 80 pontos positivos, enquanto o maio/17 estava cotado a 155,10 cents/lb com 75 pontos de valorização.
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Veja como fechou o mercado na quarta-feira:
Café: Bolsa de Nova York volta a subir nesta 4ª feira com incertezas na próxima safra do Brasil e greve na Colômbia
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com leve alta nesta quarta-feira (20), após chegarem a avançar mais de 100 pontos no início da tarde. O mercado realiza ajustes técnicos após o tombo de 300 pontos na véspera, mas também volta a repercutir as incertezas em relação ao potencial produtivo do Brasil na próxima temporada e a greve dos caminhoneiros na Colômbia.
O vencimento julho/16 fechou o pregão de hoje cotado a 144,65 cents/lb com 315 pontos de baixa, o setembro/16 anotou 147,00 cents/lb com 45 pontos de valorização. O contrato dezembro/16 registrou 149,95 cents/lb com 45 pontos positivos e o março/17 encerrou o dia cotado a 152,75 cents/lb com 50 pontos de alta.
Com esse novo avanço, motivado pelas incertezas em relação ao potencial produtivo do Brasil na safra 2017/18 com as recentes intempéries climáticas, o mercado volta a ficar mais próximo do patamar de US$ 1,50 por libra-peso. No início da semana, áreas produtoras do Paraná, São Paulo e Minas Gerais foram atingidas por geadas.
Segundo o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa, os operadores no terminal externo estavam cautelosos ontem (19) e preferiram aguardar informações mais concretas sobre os efeitos das geadas para a safra 2017/18. No entanto, voltaram a repercutir esse fator na sessão de hoje. "O mercado não consegue entender qual a dimensão exata e os efeitos desse frio e das geadas para a próxima temporada", afirmou.
Mapas climáticos da Somar Meteorologia apontam que o frio deve continuar nas regiões produtoras de café do Sudeste do Brasil nos próximos dias. No entanto, sem geadas. Na Zona da Mata do Espírito Santo e na Bahia podem ocorrer chuvas fracas.
Além das incertezas em relação à produção do Brasil na próxima temporada, a greve dos caminhoneiros na Colômbia também acabou dando suporte aos preços externos do arábica na ICE, segundo Reuters. "O futuro do café arábica subiu apoiado por uma prolongada greve de caminhoneiros na Colômbia, que elevou os riscos de redução nas exportações", reportou a agência de notícias.
O câmbio também contribuiu para os ganhos do mercado nesta quarta-feira. O dólar comercial recuou 0,32%, cotado a R$ 3,2486 na venda, acompanhando o cenário externo. A moeda estrangeira menos valorizada desencoraja as exportações da commodity e tende a fazer com que os preços do grão avancem no terminal externo.
De acordo com o analista do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, apesar de todas as incertezas na política e economia global, o cenário fundamental ainda é altista para o mercado. "Estamos sem estoques de café, o governo brasileiro deve vender seus últimos lotes nos próximos dias e depois vai sobrar muito pouco nas mãos dos produtores", afirma. "A tendência é que os preços melhorem daqui pra frente", pondera.
Mercado interno
Apesar das cotações do café esboçarem reação no mercado físico brasileiro, o produtor segue retraído à espera de melhores patamares e atento aos trabalhos de colheita da safra 2016/17 do Brasil. "O cafeicultor tem vendido sua produção com muito cuidado e acredita que é melhor negociar seus cafés aos poucos diante de todas essas incertezas na produção e economia do Brasil", pondera Carvalhaes.
O tipo cereja descascado fechou com maior valor de negociação hoje em Guaxupé (MG) com R$ 565,00 – estável. A maior variação no dia dentre as praças foi registrada em Varginha (MG) com alta de 1,85% e saca cotada a R$ 550,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 570,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) que teve queda de 0,94% e saca a R$ 525,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 530,00 a saca e alta de 1,92%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
Na terça-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 501,26 com queda de 0,39.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou praticamente estável nesta quarta-feira. O contrato julho/16 anotou US$ 1803,00 por tonelada com alta de US$ 2, o setembro/16 teve US$ 1817,00 por tonelada com avanço de US$ 5 e o novembro/16 anotou US$ 1840,00 por tonelada com desvalorização de US$ 7.
Na terça-feira (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 412,39 com alta de 0,32%.
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