Café: Cotações do arábica em NY recuam mais de 400 pts e estendem perdas da sessão anterior nesta manhã de 4ª feira
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de mais de 400 pontos nesta manhã de quarta-feira (6) e estendem as perdas da sessão anterior ainda repercutindo as incertezas nos mercados globais. Diante dessa nova queda, os preços externos já se distanciam do patamar de US$ 1,45 por libra-peso.
Por volta das 09h33, o vencimento setembro/16 anotava 140,75 cents/lb com 480 pontos de baixa, o dezembro/16 registrava 143,70 cents/lb com 470 pontos de desvalorização. Já o contrato março/17 estava cotado a 146,55 cents/lb com 146,55 cents/lb e 445 pontos negativos e o maio/17 estava cotado a 148,00 cents/lb com 440 pontos negativos.
» Clique e veja as cotações completas de café
Veja como fechou o mercado na terça-feira:
Café: Cotações do arábica em NY fecham com leve queda nesta 3ª, mas permanecem próximas de US$ 1,45/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam o pregão desta terça-feira (5) com baixa de pouco menos de 100 pontos refletindo a aversão ao risco nos mercados globais, que impactou praticamente todas as commodities, e o câmbio, uma vez que todos os fatores fundamentais no mercado indicam tendência de alta para os preços externos neste momento.
O vencimento julho/16 anotou 144,20 cents/lb com 65 pontos de queda, o setembro/16 teve 145,55 cents/lb com 85 pontos de desvalorização. Já o contrato dezembro/16 registrou 148,40 cents/lb com 75 pontos de baixa, enquanto o março/17 fechou o pregão cotado a 151,00 cents/lb com 65 pontos de recuo.
"As bolsas para o café operaram em leve baixa acompanhando cenário financeiro global e a alta do dólar", afirma o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães. Com a aversão ao risco nos mercados externos, os fundos acabam liquidando suas posições, o que ajuda a pressionar ainda mais os preços.
O dólar comercial fechou em alta pelo terceiro dia consecutivo nesta terça-feira repercutindo a maior aversão ao risco nos mercados e a volta das intervenções do Banco Central . A moeda estrangeira teve alta de 1,10%, cotada a R$ 3,301 na venda. O dólar mais alto em relação ao real encoraja as exportações da commodity e os preços externos tendem a recuar.
"A semana efetivamente começa hoje e o ambiente é negativo para o real. A preocupação com (a saída britânica da UE) voltou e a atuação do BC não dá espaço para o dólar cair mais", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Corrêa em entrevista à Reuters.
Um exemplo de que o câmbio impacta diretamente as exportações é que em junho (22 dias úteis), os embarques do grão atingiram 2,06 milhões de sacas, com receita de US$ 303,3 milhões. No mesmo período, o dólar comercial recuou em junho mais de 10%. Esses números, em volume embarcado pelo país e a receita, são menores que os registrados no mesmo período do ano passado e em maio desse ano.
Além do financeiro, o mercado também realiza ajustes técnicos após se aproximar do patamar de US$ 1,50/lb nos últimos dias. Na semana passada, repercutindo a qualidade das primeiras amostras da safra 2016/17 que chegaram ao mercado, as cotações do arábica na ICE tiveram alta de cerca de 7%.
A colheita da safra 2016/17 do Brasil avança com o tempo mais seco nas principais origens produtoras. Segundo a Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), a colheita de seus cooperados atingiu 34,5% até dia 1° de julho. Nesse mesmo período, em 2015, 21,9% das lavouras tinham os trabalhos concluídos.
» Colheita de café dos cooperados da Cooxupé ultrapassa um terço da área
Mercado interno
No mercado interno, ainda são registrados negócios isolados. O produtor segue atento à colheita da safra 2016/17 e aguarda melhores patamares. Segundo analistas, os cafés finos são os que registram maior procura neste momento.
O tipo cereja descascado fechou hoje com maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 572,00 a saca e alta de 0,70%. A maior variação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 570,00 a saca e avanço de 0,71%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com 2,21% de alta e R$ 508,00 a saca.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 530,00 a saca e alta de 1,92%. A maior variação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 2,07% e saca a R$ 494,00.
Na segunda-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 502,05 com queda de 0,04%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou a sessão desta terça-feira praticamente estável. O contrato julho/16 anotou US$ 1763,00 por tonelada – estável, o setembro/16 teve US$ 1760,00 por tonelada com recuo de US$ 8 e o novembro/16 anotou US$ 1774,00 por tonelada com desvalorização de US$ 7.
Na segunda-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 399,69 com alta de 0,04%.
0 comentário
Mercado cafeeiro fecha sessão desta 5ª feira (21) com fortes ganhos em NY e queda na bolsa de Londres
Região do Cerrado Mineiro avança no mercado global com leilão virtual
Com a presença de toda a cadeia produtiva, Semana Internacional do Café discute sobre os avanços e desafios da cafeicultura global
Em ano desafiador para a cafeicultura, preços firmes e consumo aquecido abrem oportunidades para o setor
Mercado cafeeiro trabalha com preços mistos no início da tarde desta 5ª feira (21)
Cooabriel fala sobre a expectativa da safra do café conilon para o Espírito Santo e Bahia