Café: Bolsa de Nova York dá continuidade aos ganhos das últimas sessões e opera com alta de mais de 200 pts nesta 5ª

Publicado em 30/06/2016 10:04

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de mais de 200 pontos nesta manhã de quinta-feira (30) e estendem os ganhos das últimas duas sessões repercutindo a melhora no humor dos mercados globais, após a saída do Reino Unido da União Europeia. 

"As bolsas para o café operam em alta acompanhando o cenário financeiro global e o quadro fundamental ao setor", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Por volta das 09h56, o vencimento setembro/16 anotava 146,70 cents/lb com 225 pontos de alta, o dezembro/16 tinha 149,40 cents/lb com 220 pontos de avanço. Já o contrato março/17 registrava 151,75 cents/lb com 200 pontos de valorização, enquanto o maio/17 operava cotado a 153,10 cents/lb com 195 pontos positivos.

» Clique e veja as cotações completas de café

Veja como fechou o mercado na quarta-feira:

Café: Cotações do arábica buscam patamar de US$ 1,45/lb em NY com suporte do câmbio e incertezas com safra

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quarta-feira (29) com alta expressiva pela segunda sessão consecutiva, após recuarem forte na semana passada. Com esse novo avanço, motivado pelo câmbio e incertezas em relação à safra do Brasil, os principais vencimentos já buscam o patamar de US$ 1,45 por libra-peso.

O contrato julho/16 fechou o pregão de hoje cotado a 142,85 cents/lb e o setembro/16 registrou 144,55 cents/lb, ambos com 395 pontos de alta. Já o vencimento dezembro/16 anotou 147,20 cents/lb também com 395 pontos de valorização, enquanto o março/17 encerrou o dia cotado a 149,85 cents/lb com 405 pontos de avanço.

Após despencarem nos últimos dias repercutindo a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia, os mercados globais voltaram ao azul na terça-feira e deram sequência aos ganhos hoje. "O fantasma do Reino Unido já não assombra mais os mercados como muitos esperavam e desta forma, recompras começam a retornar ao mercado de forma mais consistente e altas foram vistas. Ao que parece, os investidores estão conseguindo isolar o problema e assim, um possível contagio do mau humor do mercado perde força dia a dia", afirmou o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

O dólar comercial fechou a sessão desta quarta-feira no menor patamar desde 22 de julho de 2015, cotado a R$ 3,237 na venda e com baixa de 2,08% e ajudou a dar suporte ao mercado. A moeda estrangeira menos valorizada em relação ao real desencoraja as exportações da commodity brasileira.

Segundo o analista de mercado, Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, o câmbio sempre baliza a formação dos preços do café. No entanto, também existem, especialmente nesse momento, diversos fatores fundamentais que impactam nos negócios. "A safra do Brasil está chegando muito devagar ao mercado por conta das chuvas e a qualidade decepciona. O comprador percebe isso, olha o dólar e faz sua oferta. Mas o vendedor, esperando melhores patamares, prefere aguardar", explica.

As chuvas nas últimas semanas atrapalharam bastante a qualidade da safra 2016/17, até então vista como uma das melhores dos últimos anos. Diante disso, "os produtores que conseguiram colher o café cereja descascado, antes das chuvas, o seguram para obter preços melhores", diz Carvalhaes.

Com o clima mais seco nos últimos dias no cinturão produtivo do Brasil, a colheita da safra 2016/17 avança. Dados divulgados ontem (28) pela Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), a maior cooperativa do mundo, apontam que seus cooperados haviam colhido, até dia 24 de junho 25,65% das lavouras, ante 15,45% no mesmo período do ano passado.

Mercado interno

Apesar da alta externa, os preços em algumas localidades do Brasil são puxados para baixo com a queda do dólar, ainda que os fatores fundamentais estejam presentes no mercado. O produtor brasileiro também continua bastante atento à colheita da safra 2016/17 e às condições climáticas para não ter mais perdas e aguarda melhores patamares para retornar ao mercado.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Guaxupé (MG) com R$ 560,00 a saca com alta de 0,90%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com avanço de 4,14 e saca a R$ 554,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 558,00 a saca com avanço de 0,72%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com valorização de 2,01% e saca a R$ 507,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 530,00 a saca e alta 1,92%. A maior variação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com avanço de 2,04% e saca a R$ 500,00.

Na terça-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 493,03 com alta de 0,91%.

Bolsa de Londres

A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, seguiu Nova York e também fechou com forte alta nesta quarta-feira. O contrato julho/16 anotou US$ 1696,00 por tonelada e alta de US$ 24, o setembro/16 teve US$ 1727,00 por tonelada com avanço de US$ 26 e o novembro/16 anotou US$ 1737,00 por tonelada com valorização de US$ 21.

Na terça-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 395,19 – estável.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário