Café: Após queda na véspera, Bolsa de Nova York esboça alta de mais de 200 pts nesta tarde de 4ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de mais de 200 pontos nesta tarde de quarta-feira (15) e se recuperam de todas as perdas da sessão anterior, motivadas por ajustes técnicos, maior tranquilidade dos operadores em relação à safra 2016/17 do Brasil – que poderia ser impactada por geadas – e a pressão do câmbio. Com essa alta, baseada mais em fatores técnicos, os contratos com vencimento mais distante já estão acima do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.
Às 12h22, o contrato julho/16 registrava 137,50 cents/lb, o setembro/16 tinha 139,45 cents/lb e o dezembro/16 anotava 142,15 cents/lb, ambos com alta de 240 pontos. Já o vencimento março/17, mais distante, estava cotado a 144,60 cents/lb com 230 pontos de valorização.
De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, recompras de fundos e especuladores dão o tom positivo às cotações. Na véspera, o especialista já havia alertado sobre essa possibilidade. "Isso [suportes mantidos] deixa a sensação no ar de que o mercado pode, sem dar aviso prévio, entrar em recompras preventivas", afirmou ontem.
O mercado realizou ajustes para baixo nos dois primeiros dias da semana repercutindo os relatos de que poucas lavouras do cinturão produtivo do Brasil tiveram prejuízos com a geada no último final de semana. A condição climática afetou áreas isoladas, principalmente, no Sul de Minas Gerais e na fronteira entre Paraná e São Paulo.
Apesar do mercado se voltar mais às questões técnicas nesta quarta-feira, os operadores permanecem atentos às condições climáticas no Brasil, que podem não só comprometer a colheita, mas impactar também a safra 2017/18. Segundo o analista da Price Futures Group, Jack Scoville, "as temperaturas devem ficar um pouco mais quentes nos próximos dias e parece que o risco de perda adicional para o café passou".
Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café voltaram a ficar mais lentos após esboçarem reação na semana passada. Segundo Marcus Magalhães, o mercado interno do café deverá ter dia lento com preços firmes e negócios isolados.
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