Informalidade ainda é maior problema nas lavouras de café em MG, diz MTE
Toda história tem dois lados, mas na cafeicultura do Sul de Minas, ela se divide em vários. Em um deles está Gonçalo, Elizabeth, Ronaldo e tantos outros. Eles trabalham nas lavouras de café da região e quase não sabem o que é ter vida com direitos pagos. Somam relatos, ainda, de trabalho degradante e até análogos à escravidão. De outro há produtores rurais que convivem há séculos com a cultura da informalidade, alguns da exploração, cooperativas sem mecanismos para impedir situações ilegais e instituições governamentais que não conseguem mudar esse panorama.
O tema veio à tona na imprensa internacional após a ONG dinamarquesa Danwatch publicar um relatório denunciando situações análogas à escravidão em propriedades rurais da região que exportavam café para duas multinacionais alimentícias de alcance mundial. As fiscalizações que a ONG acompanhou aconteceram em agosto de 2015 em duas fazendas de Carmo de Minas (MG).
Leia a notícia na íntegra no site G1-Sul de Minas.
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Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
A Justiça do Trabalho foi instituida em 1964 e MG vive há séculos com a cultura da informalidade. O pior é não admitir que a formalização do trabalho é boa somente para o governo, que fatura bilhões com a regulamentação..., para o trabalhador ela significa apenas desemprego e miséria.
Não devemos nos esquecer que o mercado do café como das outras commodities são regidas pela lei do livre mercado e, os produtores dessas commodities são tomadores de preços; desde dos insumos para a produção ao produto final (café). Ocorre que vários insumos são ofertados por oligopólios e os compradores do produto final, também são oligopólios. Minas Gerais, tornou-se o maior produtor de café do país após a ocorrência de dois eventos relevantes. A geada de 1975 que varreu os cafezais no Paraná e a ilusão da estabilidade da moeda pelo Plano Cruzado em 1985. Os cafeicultores do Sul do país descobriram as terras baratas do cerrado de Minas, onde a mecanização era um fator para redução de custos. Nesta época foi ampliada fortemente a implantação de lavouras cafeeiras nos cerrados mineiros, mas em 1989 o governo Collor extinguiu o IBC e sua política de paridade do valor de US$ 120,00/ saco de café beneficiado. Em pouco tempo o valor caiu para algo em torno de US$ 35,00, foi o caos. Atualmente vemos os custos de produção muitos próximos do valor de venda ou superiores e, quando isso ocorre o produtor, para se manter "vivo" usa as armas que ele tem à disposição, no caso deixa de pagar os altos impostos e taxas cobrados das operações onde se usa a mão de obra. Digo altos, pois onde falta dinheiro qualquer valor é exorbitante !!!