Café: Com alta de quase 250 pts, cotações do arábica voltam ao patamar de US$ 1,30/lb na Bolsa de Nova York

Publicado em 10/05/2016 17:40

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta terça-feira (10) com alta próxima de 250 pontos repercutindo a maior participação dos especuladores e fundos de investimento no mercado, o câmbio e as incertezas em relação ao desequilíbrio nesta temporada. Com isso, os principais vencimentos já se aproximam do patamar de US$ 1,30 por libra-peso perdido nos últimos dias. É a quinta sessão consecutiva de valorização.

"Os níveis tanto em Nova York quanto em Londres mantiveram a pegada compradora contribuindo para que os patamares terminassem suas operações acima de importantes suportes, o que numa visão técnica ainda valida a minha tese de que o mercado tem forças nas próprias pernas para projetar um 2016 interessante no âmbito das bolsas", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

O vencimento maio/16 encerrou a sessão de hoje cotado a 126,90 cents/lb com alta de 175 pontos, o julho/16 teve 128,75 cents/lb com 230 pontos de avanço. Já o contrato setembro/16 anotou 130,45 cents/lb e o dezembro registrou 132,85 cents/lb, ambos com 235 pontos de valorização.

Desde a sessão anterior, quando o mercado chegou a oscilar dos dois lados da tabela, há uma maior atuação na Bolsa de Nova York dos fundos e especuladores. "O mercado do café arábica voltou a sentir o lado comprador, com a presença de fundos e especuladores", explicou na segunda-feira o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.

Além disso, o câmbio também contribui para os ganhos da commodity. Na véspera, o dólar comercial fechou com leve alta. No entanto, nesta terça-feira, caiu 1,65% e fechou a R$ 3,4666 com investidores atentos ao cenário político no Brasil. A votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado acontece amanhã (11). A moeda estrangeira mais baixa em relação ao real desencoraja as exportações da commodity, mas dá suporte aos preços externos.

Segundo Machado, apesar da expectativa de produção mais alta neste ano no Brasil em relação às temporadas anteriores – as principais estimativas apontam colheita acima de 50 milhões de sacas –, os estoques do país estão bem baixos e isso também acaba dando suporte aos preços do grão na Bolsa.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) reduziu nesta terça-feira em 0,7% sua projeção para a safra 2016/17 de café do Brasil. O Instituto estima produção de 49,9 milhões de sacas de 60 kg com uma redução acentuada na produção de café robusta.

» IBGE reduz em 0,7% previsão de safra de café do Brasil

Mercado interno

Os negócios com café seguem lentos no mercado físico brasileiro com os produtores atentos à colheita, que começou há poucos dias, e com pouca oferta do grão disponível. "O setor produtivo continua arredio às conversas mercadológicas deixando as praças de comercialização dentro de um grande vazio de ofertas e expectativas", afirma Marcus Magalhães. É consenso entre os analistas que esse cenário só deve ter melhora com a chegada da nova safra ao mercado.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 540,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,19% e saca a R$ 509,00.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 525,00 a saca e valorização de 0,57%. A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 2,77% e saca a R$ 482,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação na cidade de Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 500,00 a saca – estável. A maior oscilação ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 3,06% e saca a R$ 472,00.

Na segunda-feira (9), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 464,17 com alta de 0,83%.

Bolsa de Londres

A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, seguindo Nova York, fechou com forte alta nesta terça-feira. O contrato maio/16 registrou US$ 1608,00 por tonelada – estável, o julho/16 teve US$ 1662,00 por tonelada e alta de US$ 27, enquanto o setembro/16 anotou US$ 1676,00 por tonelada e valorização de US$ 26.

Na sexta-feira (9), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 386,37 com queda de 0,67%.

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • miguel moura abdalla piraju - SP

    MERCADO BUSCA PATAMAR DE U$ 1,40 d/l, com a realidade chegando ao mercado

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