Café: Bolsa de Nova York recupera parte das perdas da sessão anterior nesta manhã de 4ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de quarta-feira (4), após fecharem do lado vermelho da tabela na véspera repercutindo o financeiro e o otimismo dos operadores em relação à safra 2016/17 do Brasil, que começou a ser colhida há poucos dias nas principais áreas produtoras.
Segundo agências internacionais, o mercado do arábica realiza ajustes nesta quarta. No entanto, o cenário continua baixista para o arábica e as cotações devem continuar oscilando com base no financeiro e em indicadores técnicos.
Por volta das 10h10, o vencimento maio/16 anotava 118,80 cents/lb com alta de 20 pontos, o julho/16 tinha 119,75 cents/lb com avanço de 50 pontos. O contrato setembro/16 estava cotado a 121,40 cents/lb com 50 pontos positivos, enquanto o dezembro/16 registrava 124,55 cents/lb com 80 pontos de valorização.
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Veja como fechou o mercado na terça-feira:
Café: Bolsa de Nova York testa recuperação nesta 3ª, mas volta a sentir pressão do financeiro e fecha com leve baixa
Após oscilarem dos dois lados da tabela durante o dia, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam o pregão desta terça-feira (3) com leve baixa ainda repercutindo o financeiro e as informações otimistas em relação à safra 2016/17 do Brasil, que começou a ser colhida há poucos dias nas principais regiões produtoras. Com isso, os vencimentos mais próximos ficaram abaixo do patamar de US$ 1,20 por libra-peso.
O maio/16 encerrou a sessão de hoje cotado a 118,60 cents/lb com queda de 50 pontos e o julho/16 teve 119,25 cents/lb com 40 pontos de baixa. Já o contrato setembro/16 registrou 121,15 cents/lb com recuo de 35 pontos, enquanto o dezembro/16, mais distante, registrou 123,75 cents/lb com 25 pontos negativos.
Após iniciar o pregão do lado azul da tabela em ajustes ante a queda de quase 200 pontos da véspera, o mercado externo do café arábica voltou a repercutir os mesmos fatores motivadores da baixa da sessão anterior, principalmente, o câmbio, que impacta diretamente nas exportações da commodity pelo Brasil.
No fim da manhã, o dólar comercial chegou a avançar 2,5% e voltou a se aproximar do patamar de R$ 3,60 repercutindo a piora do cenário externo e a maior aversão ao risco nos mercados emergentes, após dados ruins sobre a China. A moeda estrangeira fechou o dia cotada a R$ 3,5712 na venda com avanço de 2,33%. O dólar mais alto em relação ao real acaba dando maior competitividade às exportações da commodity.
Além disso, o petróleo chegou a recuar mais de 2% nesta terça, cotado a US$ 43 o barril. Normalmente, o ativo no vermelho também acaba puxando as commodities agrícolas para baixo.
Repercutindo as oscilações do câmbio nos últimos dias, as exportações de café do Brasil tiveram em abril o pior nível dos últimos quatro meses com 2,23 milhões de sacas de 60 kg e receita de US$ 325,5 milhões. Os dados foram divulgados na segunda-feira (2) pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Apesar da baixa no café e do dia tenso nos mercados globais, como um todo, o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, acredita que a commodity não sofreu tanto com as variáveis financeiras, como outros mercados. "O negócio café tem seus próprios princípios e diretrizes e desta forma, o impacto não foi tão grande que derrubasse as cotações", explica.
Informações de agências internacionais ainda dão conta que os investidores externos permanecem animados com a safra 2016/17 do Brasil, estimada por entidades privadas acima de 50 milhões de sacas, e isso também acaba atuando como um fator de pressão para as cotações.
De acordo com estimativa da consultoria Safras & Mercado, a produção de café do país na safra 2016/17 deve totalizar 56,4 milhões de sacas de 60 kg. Levando esse número em consideração, os produtores brasileiros já comprometeram cerca de 11 milhões de sacas da safra nova, ou 20% da produção esperada.
Segundo o analista de mercado da Safras, Gil Carlos Barabach, esse número mostra que a comercialização está mais adiantada neste ano. "Normalmente, as vendas antecipadas começam mais ativamente neste mês de maio. No entanto, devemos entrar na nova safra com cerca de 20% a 25% do café já comercializado", afirma.
Mercado interno
O mercado físico brasileiro continua com poucos negócios, os produtores estão mais atentos à colheita e não se animam para voltar às praças de comercialização pelos atuais patamares. "Os preços têm se mantido sustentados e deixando a sensação no ar de que deverão continuar neste ritmo independente das volatilidades do dólar e bolsa", explica Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 530,00 a saca e alta de 3,92%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 510,00 a saca e valorização da de 2%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 476,00 e queda de 2,06%.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação na cidade de Araguari (MG) com R$ 490,00 a saca e queda de 3,92%. Foi a maior variação no dia dentre as praças.
Na segunda-feira (2), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 451,72 com alta de 0,35%.
Bolsa de Londres
Após o feriado "May Day", a Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, para o café robusta fechou em baixa nesta terça-feira. O contrato maio/16 registrou US$ 1547,00 por tonelada com recuo de US$ 9, o julho/16 teve US$ 1576,00 por tonelada e baixa de US$ 12, enquanto o setembro/16 anotou US$ 1598,00 por tonelada e desvalorização de US$ 9.
Na segunda-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 379,71 com baixa de 0,40%.
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