Preço indicativo composto diário do café teve a maior alta nos últimos cinco meses em março, aponta relatório da OIC
Para a Organização Internacional do Café – OIC, que divulgou seu Relatório sobre o mercado de Café de março de 2016, os preços do produto aumentaram ao longo de março, a despeito de alguma baixa verificada nos últimos dias desse mês. Essa recuperação, de acordo com os dados do "Preço indicativo composto diário da OIC", que é a base das análises constantes desse Relatório, a propósito de ser também atribuível a fatores que fundamentam o mercado, acentua que os preços do café acompanharam um ciclo mais amplo observado nos mercados de outras commodities agrícolas, como o cacau e o açúcar.
O Relatório sobre o mercado de café do mês de março aponta que "A média mensal do preço indicativo composto da OIC saltou 5,4%, alcançando 117,83 centavos de dólar dos EUA por libra-peso, seu nível mais alto desde outubro de 2015. Mesmo assim, esse nível ainda está muito aquém da média de março do ano passado, de 127,04 centavos. De apenas 109,37 centavos no começo deste março, os preços diários haviam subido para 124,95 no dia 22, antes de fechar o mês descendo para 119,93 centavos". O Relatório está disponível no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, e no portal da Organização Internacional do Café.
Conforme as análises da Organização, divulgadas nesse Relatório de março de 2016, o mercado cafeeiro em termos globais, não funciona de forma estanque e isolada. Tanto isso é verdade que, nos últimos três meses deste ano em curso, o Relatório demonstra por meio de gráfico analítico que a evolução dos preços do café também é influenciada pelo comportamento da cotação de outros produtos de base da agricultura como, por exemplo os já citados, açúcar e cacau.
Dessa forma, embora se possa atribuir parte da recuperação recente de preços à especulação da oferta, tendo como referência o "Preço indicativo composto diário da OIC", em especial dos cafés colombianos, além de cafés de outras regiões produtoras de robusta do planeta, é provável que os preços do café tenham sido também influenciados pelo ciclo mais amplo da evolução dos preços de outros produtos de base citados.
Assim com base nas oscilações do "Preço indicativo diário dos grupos da OIC" demonstradas no Relatório, verifica-se que houve aumento expressivo nas médias mensais dos três grupos de cafés arábicas na classificação da OIC, a saber: suaves colombianos – 5,9%; outros suaves - 6,6%; e, naturais brasileiros - 6,7%. E, em relação ao robusta, houve aumento de 2,1%, conforme demonstrado nas análises apresentadas.
Particularmente em relação ao Brasil, o Relatório acentua ainda que, nos cinco primeiros meses do ano cafeeiro de 2015/16 (outubro a fevereiro), o nosso País manteve um fluxo intenso de exportações (1,7% acima do mesmo período do ano cafeeiro passado). E ainda que as exportações de outros países produtores aumentaram, como a Colômbia (+10,3%), Índia (+15,3%) e Etiópia (+28,5%). Segundo ainda a OIC, as exportações do Vietnã e da Indonésia diminuíram 4% e 34,9%, respectivamente.
O Relatório sobre o mercado de Café do mês de março de 2016 contempla vários estudos, gráficos e análises da cafeicultura em nível mundial, tais como: Preço indicativo composto diário da OIC, Preços indicativos diários dos grupos da OIC (Colombian Milds, Other Milds, Bazilian Naturals e Robustas), Evolução dos preços dos produtos de básicos (cacau, açúcar e café), Preços indicativos da OIC e de futuros (em centavos de dólar dos EUA por libra-peso), Total da produção e exportação, entre vários outros dados relevantes em nível mundial que valem ser conferidos, tanto no site do Observatório do Café como no da OIC.
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