Café: Bolsa de Nova York avança quase 300 pts nesta tarde de 3ª feira acompanhando financeiro
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 300 pontos nesta tarde de terça-feira (19). O mercado tem suporte do dólar, indicadores técnicos e também repercute a ausência de vendas das origens produtoras. Com isso, os principais vencimentos já se aproximam do patamar de US$ 1,30 por libra-peso.
Às 12h43, o contrato maio/16 registrava 126,85 cents/lb com 285 pontos de alta, o julho/16 tinha 128,95 cents/lb e 300 pontos de avanço. Já o vencimento setembro/16 estava cotado a 130,50 cents/lb com 285 pontos de valorização, enquanto o dezembro/16 anotava 132,80 cents/lb com 295 pontos positivos.
Com os desdobramentos do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o dólar comercial recua nesta terça-feira, o que acaba dando suporte aos preços externos uma vez que desencoraja as exportações. Na véspera, as atuações do Banco Central conseguiram conter o movimento de queda. Às 12h19, a moeda norte-americana recuava 1,48%, vendida a R$ 3,5438.
"É relevante o impacto da moeda brasileira no contrato C, pois ao convertermos o preço da bolsa para centavos de real por libra-peso tivemos as cotações na segunda-feira e quinta-feira batendo os menores níveis desde agosto de 2015", explicou o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa, em seu relatório semanal da semana passada.
De acordo com agências internacionais, a consolidação do mercado acima de US$ 1,25/lb nas últimas sessões e a ausência de vendas das origens produtoras também acabam dando um tom positivo para as cotações. O Brasil, que é o maior produtor e exportador da commodity no mundo, está em período de entressafra e tem ofertado menos café no mercado nos últimos dias.
Na semana passada, as cotações do arábica na ICE fecharam com alta de mais de 2% em meio a notícias diversas, desde desequilíbrio na oferta global, novidades no financeiro, principalmente câmbio – que teve queda de 2,02% – e petróleo, e compras realizadas pelos operadores comerciais em meio à ausência de vendedores.
Os negócios nas praças de comercialização do Brasil seguem isolados com os vendedores esperando patamares mais altos para voltar às praças de comercialização. Segundo analistas, só aparece no mercado interno o produtor que realmente precisa fazer caixa. Na segunda-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 470,38 com avanço de 1,17%.
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