Café: Bolsa de Nova York fecha com alta de 100 pontos nesta 2ª e vencimentos distantes voltam a se aproximar de US$ 1,30/lb

Publicado em 18/04/2016 18:02

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com alta acima de 100 pontos nos principais vencimentos nesta segunda-feira (18). O mercado busca consolidação acompanhando, principalmente, o financeiro e indicadores técnicos. Com isso, os vencimentos mais distantes já buscam o patamar de US$ 1,30 por libra-peso, após o fechamento no vermelho na sexta-feira passada.

O contrato maio/16 anotou 124,00 cents/lb com alta de 105 pontos, o julho/16 teve 125,95 cents/lb com avanço de 110 pontos. Já o vencimento setembro/16 registrou 127,65 cents/lb e o dezembro/16 fechou o dia cotado a 129,85 cents/lb, ambos com 105 pontos positivos.

Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o fechamento na Bolsa hoje foi interessante e deixou as cotações com fôlego para buscar níveis melhores no curtíssimo prazo. "O mercado, tecnicamente, estava indicando boas recompras e feliz ou infelizmente, nada mais foi do que uma reconquista do terreno perdido", afirma.

O dólar comercial operou dos dois lados da tabela nesta segunda-feira, após a votação na Câmara dos Deputados no domingo (17) que decidiu pelo prosseguimento do impeachment da presidente Dilma Rousseff para o Senado. No entanto, os maiores ganhos aconteceram com as atuações do Banco Central. A divisa estrangeira fechou a sessão cotada a R$ 3,5972 na venda com alta de 2,08%.

De acordo com informações de agências internacionais, apesar da alta do dólar, que seria um fator de pressão para os preços do café arábica no terminal externo, a moeda continua em um patamar baixo se comparado com os últimos dias e as exportações da commodity são suscetíveis a essas oscilações no câmbio.

Na semana passada, as cotações do arábica na ICE fecharam com alta de mais de 2% em meio a notícias diversas, desde desequilíbrio na oferta global,  novidades no financeiro, principalmente câmbio – que teve queda de 2,02% – e petróleo, e compras realizadas pelos operadores comerciais em meio à ausência de vendedores.

"É relevante o impacto da moeda brasileira no contrato C, pois ao convertermos o preço da bolsa para centavos de real por libra-peso tivemos as cotações na segunda-feira e quinta-feira batendo os menores níveis desde agosto de 2015", explicou o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa, em seu relatório semanal.

Mercado interno

Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café seguem lentos. Os preços dos principais tipos negociados estão aquém das expectativas dos vendedores. "A oferta de café no mercado interno só deverá ter volume em maio e mesmo assim, sinceramente, só na segunda quinzena de maio".

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Guaxupé (MG) com R$ 541,00 a saca e alta de 1,88%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 541,00 a saca e alta de 1,88%. Também foi a maior alta no dia.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 510,00 a saca e alta de 6,25%, a maior oscilação no dia dentre as praças verificadas pelo Notícias Agrícolas.

Na sexta-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 464,92 com queda de 0,20%.

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