Café: Bolsa de Nova York vira com avanço do dólar e passa a registrar leve baixa nesta tarde de 6ª feira

Publicado em 15/04/2016 12:11

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) viraram nesta tarde de sexta-feira (15), após estenderem os ganhos da sessão anterior durante a maior parte da manhã. O mercado recua acompanhando as novidades do financeiro com o avanço do dólar em relação ao real – que impacta nas exportações – e a baixa do petróleo.

Às 11h54, o vencimento maio/16 registrava 123,05 cents/lb com queda de 10 pontos, o julho/16 tinha 124,95 cents/lb com recuo de 15 pontos. O contrato setembro/16 operava a 126,55 cents/lb com 30 pontos de baixa, enquanto o dezembro/16 anotava 128,95 cents/lb com 10 pontos de desvalorização.

Nesta sexta-feira, a divisa estrangeira sobe com investidores ajustando suas posições no mercado diante da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no domingo (17). Às 10h39, o dólar comercial tinha alta de 1,38%, cotado a R$ 3,524 na venda. A moeda estrangeira mais alta em relação ao real acaba encorajando as exportações da commodity. Além disso, o petróleo registra baixa em Nova York e acaba puxando outras commodities. As informações são de agências internacionais.

Nos últimos meses, as exportações de café pelo Brasil tem sido altas. Segundo dados do CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), em março os embarques de café verde atingiram 2,696 milhões de sacas de 60 kg, o volume é 3,1% mais alto em relação ao mês de fevereiro, apesar da entressafra.

Na sessão de anterior, os investidores repercutiram nas cotações do arábica as chances de um desequilíbrio entre oferta e demanda nesta temporada, evidenciado pela divulgação do relatório do Rabobank na quarta-feira.

O banco especializado em commodities estima um déficit global de 700 mil sacas na safra 2016/17. Isso por conta da queda na produção do Espírito Santo, que é o maior estado produtor da variedade robusta no Brasil. Em seu último levantamento, o banco esperava que o mercado tivesse um superávit de 3,7 milhões de sacas.

Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café seguem lentos com os preços aquém das expectativas e os vendedores aguardando os desdobramentos no cenário político e econômico. "O mercado interno deverá ter dia lento e com negócios isolados", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

Na quinta-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 465,86 com alta e 0,43%.

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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