Consumo de café especial cresce na China

Publicado em 08/04/2016 07:35

A China registrou ascensão financeira nas últimas décadas e, com a consolidação de sua economia, passou a ser um mercado atrativo aos exportadores mundiais. Atentas a esse cenário, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, sigla em inglês) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), através do projeto setorial Brazilian Specialty and Sustainable Coffees participaram junto com sete empresas brasileiras da Hotelex Shanghai Expo Finefoods, maior feira do setor de hotelaria e food service no país asiático, que contou com a participação de aproximadamente mil empresas e público de 22 mil pessoas.

Segundo estimativas dos participantes nacionais, foram realizados US$ 500 mil em negócios nos quatro dias de evento e há a possibilidade para concretizar mais US$ 3 milhões nos próximos 12 meses. “Por se tratar de um mercado novo no cenário da cafeicultura, onde o hábito do consumo ainda não faz parte da cultura local, o resultado alcançado é significativo, pois demonstra o interesse das empresas chinesas pela qualidade oferecida pelo Brasil através de nossos cafés especiais. A tendência é que esse volume de negócios siga em uma crescente nos próximos anos, à medida que nossos trabalhos de promoção auxiliem os chineses a aprimorarem seu paladar para a bebida”, destaca Adolfo Henrique Vieira Ferreira, presidente da BSCA.

Apesar de a China estar em seu estágio inicial no cenário cafeeiro, consumindo, conforme a Organização Internacional do Café (OIC), cerca de 2 milhões de sacas ao ano, alguns números revelam o potencial desse mercado. A instituição aponta que o consumo atual mais que quadruplicou em relação aos dados de uma década atrás, quando os chineses bebiam o equivalente a quase 450 mil sacas. “Nessa linha de excelentes perspectivas, acreditamos em um futuro promissor no consumo de cafés especiais, nicho que apresenta um crescimento anual de 50%. Como resultado, é visível a proliferação de cafeterias nas principais cidades chinesas, mesmo que este fenômeno ainda seja restrito às áreas mais prósperas e ocidentalizadas”, completa Ferreira.

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Gazeta do Povo

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