Café: Bolsa de Nova York estende perdas das últimas três sessões nesta manhã de 4ª feira
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) estendem as perdas das últimas três sessões nesta manhã de quarta-feira (6). O mercado repercute indicadores técnicos e o câmbio, que influencia as exportações da commodity pelo Brasil. Com essa nova baixa, os vencimentos mais próximos, que chegaram a se aproximar de US$ 1,35 por libra-peso nas últimas sessões já estão próximos de US$ 1,20/lb.
Por outro lado, os vencimentos têm conseguido se manter nesse patamar há alguns dias, o que segundo traders pode estimular recuperações no curto prazo. "Acima de 121,00 cents/lb, a tendência é dos preços retornarem para 125,00 cents/lb ou até mais", afirmou ontem ao Notícias Agrícolas o analista de mercado João Santaella.
Por volta das 08h28, o vencimento maio/16 estava cotado a 120,70 cents/lb e o julho/16 tinha 122,85 cents/lb, ambos com queda de 20 pontos. Já o contrato setembro/16 anotava 124,60 cents/lb e recuo de 25 pontos, enquanto o dezembro/16 ajustava 5 pontos para cima, a 126,95 cents/lb.
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Veeja como fechou o mercado na terça-feira:
Café: Bolsa de Nova York cai pela terceira sessão consecutiva nesta 3ª e vencimentos se aproximam de US$ 1,20/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira (5). Ainda se baseando em indicadores técnicos e principalmente no câmbio – que impacta nas exportações –, os vencimentos mais próximos já se aproximam do patamar de US$ 1,20 por libra-peso. O mercado chegou a testar preços próximos de US$ 1,35/lb nas últimas semanas.
O contrato maio/16 fechou a sessão de hoje cotado a 120,90 cents/lb, o julho/16 registrou 123,05 cents/lb e o setembro/16 teve 124,85 cents/lb, ambos com queda de 190 pontos. O vencimento dezembro/16 anotou 126,90 cents/lb com baixa de 180 pontos.
Com praticamente todas as variáveis fundamentais precificadas, as cotações do arábica na ICE tem se baseado bastante no câmbio nos últimos dias. O dólar mais valorizado ante o real acaba encorajando as exportações da commodity. A divisa fechou a sessão de hoje cotada a 3,6810 reais na venda com alta de 1,86%. Os investidores repercutem a crescente incerteza em relação ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e a aversão a risco nos mercados globais.
Em março, as exportações brasileiras de café (22 dias úteis) totalizaram 2,77 milhões de sacas de 60 kg, com receita de R$ 405,9 milhões. O volume representa uma alta de quase 4% em relação a fevereiro (19 dias úteis). O balanço divulgado na sexta-feira (1º) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Na parte técnica, pesa sobre as cotações do arábica o fato de o vencimento maio/16 não conseguir romper a linha de 120,00 cents/lb, isso segundo traders pode estimular recuperações. "Com os preços acima de 121,00 cents/lb, a tendência é dos preços retornarem para 125,00 cents/lb ou até mais", afirma o analista de mercado João Santaella.
As informações sobre o desenvolvimento da safra nas principais origens produtoras não têm exercido há alguns dias pressão ou suporte sobre mercado. No Brasil, o clima continua beneficiando os cafezais e a possibilidade de colheita antecipada continua. Na Colômbia, as chuvas começaram a voltar no Centro e Sul do país e precisam continuar para não prejudicar a safra-principal. Enquanto isso, no Vietnã, os comentários de perdas ganham cada vez mais força. Entretanto, "o período de chuvas de normalmente é iniciado no fim de "abril", explicou na segunda-feira o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa
Mercado interno
No mercado físico brasileiro, os negócios com café seguem isolados com os preços mais baixos, acompanhando o cenário externo e a demanda mais enfraquecida. Na semana passada, os preços nas praças de comercialização chegaram a recuar mais de R$ 30 a saca.
"Os negócios não conseguem desatar os nós e, com este comportamento, a falta de liquidez nas praças ganham contornos inimagináveis", explica o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Varginha (MG) com R$ 535,00 a saca – estável. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 1,85% com saca a R$ 530,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 539,00 a saca – estável. Nenhuma praça registrou variação nesta terça-feira.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 505,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Araguari (MG) com R$ 490,00 a saca e queda de 2%.
Na segunda-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 473,75 com queda de 2,33%.
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