Café: Bolsa de Nova York opera com queda de mais de 100 pts nesta manhã de 3ª feira
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam do lado vermelho da tabela nesta manhã de terça-feira (5) e estendem as perdas da sesão anterior. Os vencimentos mais próximos estão abaixo de US$ 1,25 por libra-peso ainda acompanhando o câmbio e indicadores técnicos.
Por volta das 09h38, o vencimento maio/16 tinha 121,50 cents/lb, julho/16 anotava 123,65 cents/lb, o setembro/16 registrava 125,45 cents/lb e o dezembro/16 estava cotado a 127,40, ambos com queda de 130 pontos.
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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: Acompanhando petróleo e dólar, Bolsa de Nova York cai mais de 400 pts nesta 2ª feira e derruba preços no Brasil
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta segunda-feira (4) com queda de mais de 400 pontos. Com isso, os principais vencimentos estão abaixo de US$ 1,25 por libra-peso. O maio/16, inclusive, já se aproxima do patamar de US$ 1,20/lb. As cotações sentem a pressão do câmbio – que impacta diretamente as exportações –, indicadores técnicos e a atuação dos fundos de investimento no mercado.
Os lotes com vencimento para maio/16 encerraram a sessão de hoje cotados a 122,80 cents/lb com baixa de 445 pontos, o julho/16 teve 124,95 cents/lb com queda de 440 pontos. Já o contrato setembro/16 anotou 126,75 cents/lb com 430 pontos de baixa, enquanto o dezembro/16 fechou o dia a 128,70 cents/lb com 410 pontos negativos.
"O fechamento da semana [passada] dá esperança aos baixistas e aos altistas. O rompimento do nível de 122,30 cents/lb pode acelerar a queda e, dada a posição comprada dos especuladores, atrair uma liquidação que pressione os preços para próximo das mínimas anteriores. Já na parte de cima do gráfico precisamos ver o maio buscar o patamar de US$ 130,00 cents/lb para aí sim tentar buscar novas máximas", explica o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa.
Nesta segunda-feira, o dólar voltou a subir, após fechar o mês de março com queda de mais de 10%. A divisa americana registrou R$ 3,6138 na venda com alta de 1,43% com investidores preferindo estratégias mais defensivas em meio ao noticiário político intenso no Brasil e à atuação do Banco Central, informou a Reuters. O dólar mais valorizado em relação ao real acaba desencorajando as exportações da commodity. Já o petróleo registrou em Nova York com US$ 35 o barril. Com o ativo perdendo força, as commodities agrícolas também tendem a perder força.
De acordo com o balanço divulgado na sexta-feira (1º) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações brasileiras de café em março (22 dias úteis) totalizaram 2,77 milhões de sacas de 60 kg, com receita de R$ 405,9 milhões. O volume representa uma alta de quase 4% em relação a fevereiro (19 dias úteis).
No lado mais técnico, o relatório da Commodity Futures Trading Comission (CFTC) mostrou que até o dia 29 de março os fundos ficaram com suas posições líquidas compradas praticamente inalteradas. Saíram de saldo líquido comprado de 19.523 lotes para 19.068 lotes, considerando futuros e opções.
As informações sobre o desenvolvimento da safra nas principais origens produtoras não têm exercido há alguns dias pressão ou suporte ao sobre mercado. No Brasil, o clima continua beneficiando os cafezais e a possibilidade de colheita antecipada continua. Na Colômbia, as chuvas começaram a voltar no Centro e Sul do país e precisam continuar para não prejudicar a safra-principal.
Enquanto isso, no Vietnã, os comentários de perdas ganham cada vez mais força. Entretanto, "o período de chuvas de normalmente é iniciado no fim de "abril", segundo Rodrigo Costa.
Mercado interno
Os negócios nas praças de comercialização do Brasil iniciaram a semana limitados. Os preços nesta segunda-feira recuaram na maioria das localidades verificadas pelo Notícias Agrícolas. No acumulado da semana passada, as cotações do café arábica recuaram até R$ 30 a saca no mercado interno. "O fluxo de negócios nas origens foi mais calmo com os terminais mais erráticos e os diferenciais pouco se moveram, muito embora alguns agentes apontaram um leve barateamento nas ofertas – que continuam não encontrando demanda", disse o diretor de commodities do Banco Société Générale.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Poços de Caldas (MG) com R$ 517,00 a saca e queda de 1,34%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 539,00 a saca e baixa de 0,92%. A maior oscilação dentre as praças hoje foi registrada em Poços de Caldas (MG) com queda 1,61% e R$ 489,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 505,00 a saca e queda de 0,98%. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com R$ 475,00 a saca e queda de 2,06%.
Na sexta-feira, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 485,07 com queda de 0,43%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam em baixa nesta segunda-feira, acompanhando Nova York. O contrato maio/16 registrou US$ 1477,00 por tonelada com queda de US$ 8, o julho/16 teve US$ 1510,00 por tonelada e recuo de US$ 9, enquanto o julho/16 anotou US$ 1529,00 por tonelada e desvalorização de US$ 9.
Na quarta-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 374,44 com baixa de 0,18%.
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