CMN aprova R$ 4,6 bi em financiamentos ao setor de café

Publicado em 01/04/2016 07:16

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SÃO PAULO (Reuters) - O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira financiamentos de 4,632 bilhões de reais para produtores de café do Brasil em 2016, aumento de 12 por cento ante 2015, dentro no âmbito do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).

A aprovação atendeu reivindicações do setor produtivo, que pediu anteriormente agilidade na liberação dos recursos, para que os produtores possam ter os financiamentos disponíveis para as atividades de colheita, que começa em mais algumas semanas nas principais regiões produtoras de café arábica.

"A previsão é que o dinheiro para financiar o setor seja liberado pelos agentes financeiros (bancos e cooperativas de crédito) no começo de maio, enquanto que no ano passado, por exemplo, a verba foi disponibilizada somente em agosto", afirmou o Ministério da Agricultura em nota mais cedo.

O Brasil se prepara para colher uma safra recorde de café de cerca de 50 milhões de sacas, após anos em que a seca afetou as produtividades.

Segundo o coordenador-geral de Gestão de Recursos e Riscos do Ministério da Agricultura, Marconni Sobreira, a antecipação do crédito ajuda o cafeicultor que quer guardar o produto para vendê-lo no momento mais oportuno de mercado.

"A liberação mais cedo também beneficia o produtor na medida em que a indústria terá dinheiro para comprar o café", acrescentou ele.

Veja detalhes da aprovação do CMN: operações de Custeio terão até 950 milhões de reais; Estocagem, até 1,752 bilhão de reais; Aquisição de Café, até 1 bilhão de reais; financiamento de contratos de opção e de operações em mercados futuros, até 10 milhões de reais; recuperação de cafezais danificados, até 20 milhões de reais.

Além disso, o financiamento de capital de giro para indústrias será de até 200 milhões de reais para o setor de café solúvel, enquanto indústrias de torrefação de café terão até 300 milhões de reais; e cooperativas até 400 milhões de reais.

(Por Marcela Ayres)

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Fonte:
Reuters

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