Café: Bolsa de Nova York recua pela terceira sessão seguida nesta 5ª e cotações se distanciam de US$ 1,30/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de 100 pontos nos principais vencimentos nesta tarde de quinta-feira (31) e estendem as perdas das últimas duas sessões. Sem novidades fundamentais, o mercado segue se baseando em indicadores técnicos. Na sessão anterior, os principais vencimentos demonstraram fraqueza, após tentar avançar acima de US$ 1,30 por libra-peso.
Por volta das 12h48, o contrato maio/16 anotava 126,00 cents/lb e o julho/16 tinha 128,05 cents/lb, ambos com baixa de 100 pontos. Já o vencimento setembro/16 registrava 129,75 cents/lb com queda de 95 pontos e o dezembro/16 tinha 131,35 cents/lb com recuo de 100 pontos.
Segundo analistas, apesar da queda nesta quinta-feira, as cotações têm buscado consolidação e não esboçam muita força para subir acima de US$ 1,30/lb ou cair abaixo de US$ 1,25/lb. "Os estoques de café no Brasil estão diminuindo. No entanto, o mercado continua repercutindo que deveremos ter uma grande colheita nesta safra", afirmou ontem ao Notícias Agrícolas o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes.
Informações de agências internacionais também dão conta que apesar da baixa nas cotações pelo terceiro dia seguido ainda há dúvidas entre os operadores em relação à oferta global de café nesta temporada devido aos reflexos do El Niño nas principais origens produtoras. "A oferta mundial está muito ajustada, frágil", disse o diretor geral da Coex, Ernesto Álvarez.
A Bloomberg reportou recentemente, com base em entrevista com analistas, que a demanda mundial poderá superar a produção em 4 milhões de sacas de 60 kg nesta temporada. No atual ano agrícola, houve um déficit de 4,8 milhões de sacas, segundo um operador da Coex Coffee Group, com sede em Miami. Os estoques do Brasil serão os menores em 15 anos até 30 de junho, de acordo com o exportador local, Tristão Trading Co.
Os negócios nas praças de comercialização do Brasil continuam lentos. Mesmo com a proximidade da colheita, acontecem apenas transações isoladas com os preços aquém das expectativas dos vendedores. "Apesar das volatilidades, o mercado interno não ganhou ritmo ou liquidez", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães. Na quarta-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 486,32 com queda de 0,86%.
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