Café: Bolsa de Nova York tem queda de quase 200 pts nesta tarde de 3ª com dólar em alta e petróleo abaixo de US$ 39/barril
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de quase 200 pontos nos principais vencimentos nesta tarde de terça-feira (29), após esboçarem reação na sessão anterior. Com isso, os principais vencimentos voltam a ficar abaixo do patamar de US$ 1,30 por libra-peso, o que, segundo analistas, demonstra mais uma vez a fragilidade técnica do mercado.
Por volta das 12h55, o vencimento maio/16 anotava 126,75 cents/lb com queda de 150 pontos, o julho/16 tinha 129,00 cents/lb com recuo de 155 pontos. Já o contrato setembro/16 registrava 130,65 cents/lb e o dezembro/16 tinha 132,35 cents/lb, ambos com desvalorização de 165 pontos.
Na sessão de ontem, as cotações do café arábica no terminal externo subiram acompanhando a desvalorização do dólar em relação ao real. No entanto, nesta terça-feira, a divisa americana avança mais de 1% e o mercado faz o movimento inverso uma vez que o dólar mais alto ante o real acaba encorajando as exportações da commodity pelo Brasil. Além disso, a forte queda do petróleo também acaba influenciando a queda de outras commodities, de um modo geral. O ativo tem perdas de mais de 3%, cotado abaixa de US$ 39 o barril.
Às 12h30, a moeda norte-americana tinha alta de 1,186%, vendida a R$ 3,6687. O mercado repercute o leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares do Banco Central, a reunião do PMDB que vai definir pelo rompimento com o governo e o discurso da chair do Fed (Federal Reserve), Banco Central dos Estados Unidos, Janet Yellen.
No fim da semana passada, as cotações do arábica no terminal externo também tiveram perdas. De acordo com o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa, as compras de commodities esfriaram depois dos ajustes dos fundos em suas posições tomadas no dólar. Para ele, o mercado já dava sinais de ter exaurido sua força na quinta-feira passada após buscar máximas desde outubro de 2015.
Além disso, os fundos estavam muito comprados, registrando a maior posição desde 27 de janeiro de 2015, quando a Bolsa de Nova York negociava a US$ 170 centavos por libra e o Real encerrava o dia a R$ 2,5735 contra o dólar. No relatório do COT de sexta-feira os fundos apareceram com uma posição líquida comprada em 19.523 lotes. "O cenário não é nada animador para os altistas", pondera Costa.
Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café seguem lentos após um leve aquecimento na semana passada. "O mercado interno de café deverá ter dia lento e com negócios isolados", afirma o analista de Maros Corretora, Marcus Magalhães. Na segunda-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 492,74 com queda de 0,64%.
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