Café: Cotações do arábica voltam a subir em NY nesta tarde de 2ª feira com suporte do dólar
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam sem direcionamento definido nesta tarde de segunda-feira (28). O mercado iniciou os trabalhos de hoje estendendo em quase 100 pontos as perdas dos últimos dois pregões, após as comemorações de Páscoa no Brasil e o "Good Friday", feriado nos Estados Unidos. No entanto, no início da tarde, os preços viraram acompanhando o financeiro e já buscam novamente o patamar de US$ 1,30 por libra-peso.
Por volta das 12h41, o vencimento maio/16 anotava 128,70 cents/lb com alta de 115 pontos, o julho/16 tinha 130,45 cents/lb com avanço de 95 pontos. O contrato setembro/16 registrava 132,15 cents/lb com avanço de 90 pontos, enquanto o contrato dezembro/16 tinha 134,05 cents/lb com valorização de 100 pontos.
Segundo informações de agências internacionais, as cotações do café nos terminais externos sentem o recuo do dólar ante outras moedas, após a paradeira generalizada nos mercados no final da última semana. O dólar mais baixo em relação ao real, por exemplo, acaba desencorajando as exportações da commodity. Às 11h09, a moeda norte-americana caía 1,02%, vendida a R$ 3,6435.
Na última semana, as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York recuaram e se aproximaram de US$ 1,25/lb, corrigindo o forte avanço de quase 8% na segunda semana do mês. De acordo com o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa, as compras de commodities esfriaram depois dos ajustes dos fundos em suas posições tomadas no dólar.
"O café tanto em Nova Iorque como em Londres manteve o “momentum” buscando novas máximas que não víamos desde outubro de 2015 de janeiro último, respectivamente para o arábica e o robusta, mas falhou na quinta-feira e dá sinais de ter exaurido sua força", explica.
Além disso, os fundos estão muito comprados, registrando a maior posição desde 27 de janeiro de 2015, quando a Bolsa de Nova York negociava a US$ 170 centavos por libra e o Real encerrava o dia a R$ 2,5735 contra o dólar. No relatório do COT de sexta-feira os fundos apareceram com uma posição líquida comprada em 19.523 lotes. "O cenário não é nada animador para os altistas", pondera Costa.
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