Café: Bolsa de Nova York perde praticamente todos os ganhos de ontem nesta manhã de 4ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda de quase 200 pontos nos principais vencimentos nesta manhã de quarta-feira (23). O mercado realiza ajustes após se aproximar do patamar de US$ 1,35 por libra-peso na sessão anterior.
Por volta das 09h34, o vencimento maio/16 anotava 132,70 cents/lb e o julho/16 tinha 134,55 cents/lb, ambos com queda de 195 pontos. O contrato setembro/16 registrava 136,15 cents/lb e 200 pontos de recuo. Já o contrato dezembro/16 tinha 137,90 cents/lb com desvalorização de 175 pontos.
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Veja como fechou o mercado na terça-feira:
Café: Com incertezas na oferta global, NY sobe mais de 300 pts nesta 3ª; Londres tem ganhos de mais de US$ 30/t
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta terça-feira (22) com alta de mais de 300 pontos nos principais vencimentos. Com isso, os vencimentos se recuperaram de todas as perdas da sessão anterior e já se aproximam do patamar de US$ 1,35 por libra-peso. O mercado repercute o câmbio, indicadores técnicos e, principalmente, os temores em relação à oferta global nesta temporada.
O contrato março/16 fechou a sessão de hoje cotado a 133,85 cents/lb com alta de 185 pontos, o maio/16 teve 134,65 cents/lb com ganhos de 310 pontos. Já o vencimento julho/16 anotou 136,50 cents/lb com avanço de 315 pontos, enquanto o setembro/16 tinha 138,15 cents/lb com 320 pontos positivos.
"As cotações nas Bolsas de Nova York e Londres voltaram a apresentar bons desempenhos já que o quadro fundamental dá o devido suporte e as cotações do dólar no Brasil, maior origem produtora, continuam a operar em queda", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Nesta terça-feira (22), o dólar comercial teve queda de 0,26%, cotado a R$ 3,6008 na venda, após o Banco Central vender apenas parcialmente a oferta de swaps cambiais reversos. Só neste mês de março, a divisa americana acumula ganhos de mais de 10%. Com o dólar mais valorizado ante o real, as exportações da commodity costumam perder forças.
Segundo comerciantes internacionais, os preços do café arábica podem subir ainda mais em meio ao crescente temor de que a oferta global continuará encolhendo devido aos prejuízos causados pelo El Niño nas safras da Colômbia e de alguns países do Sudeste Asiático.
"A oferta global é muito restrita e frágil", disse à Bloomberg o diretor-gerente da Coex, Ernesto Alvarez.
Mesmo com a safra 2016/17 de café do Brasil mais alta em relação aos anos anteriores, tradings estimam que a demanda global possa ultrapassar a produção em até quatro milhões de sacas nesta temporada. Além disso, os estoques de café do País são os mais baixos da história e não conseguem suprir essa demanda. Estimativas privadas e estrangeiras apontam a produção brasileira nesta temporada em cerca de 50 milhões de sacas.
Só na Colômbia, importante país produtor de café, a colheita pode cair 1,2 milhão de sacas neste ano e fechar em 13 milhões de sacas, segundo reportou a FNC (Federação Nacional de Cafeicultores). Enquanto isso, no Brasil, as chuvas continuam beneficiando o desenvolvimento das lavouras de arábica e os únicos relatos de problemas têm sido de doenças como a ferrugem, mas pontuais.
Mercado interno
Segundo Marcus Magalhães, os negócios são isolados nas praças de comercialização do Brasil. O produtor até voltou ao mercado na semana passada com a valorização nas cotações, puxadas pelos ganhos expressivos no terminal externo. No entanto, eles preferem aguardar o início da colheita para voltar aos negócios.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Guaxupé(MG) com R$ 568,00 a saca e alta de 1,79%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 568,00 a saca e avanço de 1,79%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG), que teve queda de 1,83% e saca cotada a R$ 535,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Varginha (MG) com R$ 530,00 a saca e queda de 1,85%. A maior oscilação no dia ocorreu em Guaxupé (MG) com alta de 1,96% e saca cotada a R$ 520,00 e em Araguari (MG) com baixa de 1,96% e saca a R$ 500,00.
Na segunda-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 499,54 com recuo de 1,59%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam forte alta nesta terça-feira, seguindo Nova York. O contrato março/16 registrou US$ 1490,00 por tonelada com alta de U$ 52, o maio/16 teve US$ 1508,00 por tonelada e avanço de US$ 35, enquanto o julho/16 anotou US$ 1536,00 por tonelada e valorização de US$ 35.
Na segunda-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 361,37 com queda de 0,54%.
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