Café: Bolsa de Nova York estende ganhos das últimas duas sessões nesta tarde de 3ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam praticamente estáveis nesta tarde de terça-feira (15) e consolidam o patamar de US$ 1,25 por libra-peso, após recuarem pela manhã. Com mais essa alta, o mercado registra a terceira sessão seguida de valorização.
O mercado segue repercutindo indicadores técnicos e acompanhando os ganhos de outras commodities. Na semana passada, com uma menor aversão ao risco nos mercados internacionais, quase todas as commodities agrícolas registraram ganhos. O vencimento referência do arábica na ICE, por exemplo, avançou quase 4% no período.
Por volta das 11h53, o vencimento maio/16 tinha 127,45 cents/lb e 25 pontos de alta, o julho/16 registrava 129,15 cents/lb com avanço de 20 pontos. Já o contrato setembro/16 tinha 130,80 cents/lb com valorização de 25 pontos, enquanto o dezembro/16 operava com 132,60 cents/lb com 30 pontos positivos.
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Veja como fechou o mercado na segunda-feira:
Café: Bolsa de Nova York sobe pela segunda sessão consecutiva nesta 2ª feira e fecha acima de US$ 1,25/lb
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em alta pela segunda sessão consecutiva nesta segunda-feira (14). Os principais vencimentos exibiram ganhos acima de 100 pontos. Com isso, o contrato referência, maio/16, encerrou a sessão acima do patamar de US$ 1,25 por libra-peso. Os preços externos ainda seguem oscilando com base em indicadores técnicos e acompanhando os ganhos de outros mercados.
"O dia foi tranquilo tanto em Nova York quanto em Londres, mas com as bolsas consolidando o atual espaço de trabalho ao redor de 120,00 cents/lb. Com isso, acredito que o mercado sobe mais um degrau na escada mercadológica e deve ficar assim por algum tempo", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Os lotes com vencimento para março/16 fecharam a sessão de hoje cotados a 125,60 cents/lb com alta de 120 pontos, o maio/16 registrou 127,20 cents/lb com avanço de 140 pontos. Já o contrato julho/16 encerrou a sessão com 128,95 cents/lb também com valorização de 140 pontos, enquanto o setembro/16 teve 130,55 cents/lb e 135 pontos positivos.
Apesar da valorização pela segunda sessão consecutiva nesta segunda-feira em Nova York, informações altistas e baixistas não dão margem para analistas indicarem o direcionamento que as cotações podem ter nas próximas sessões.
"A perspectiva de preço da bolsa tem sinais mistos no curto-prazo, positivos no caso exclusivo da moeda brasileira, assim como a contínua queda dos certificados e o fechamento tecnicamente positivo do contrato "C". Tem também a conversa sobre as chuvas excessivas nas regiões do arábica, gerando comentários de alguns analistas sobre problemas com doenças para algumas plantações e uma prematura preocupação com a qualidade caso o tempo úmido persista até a colheita", explicou o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa.
Na semana passada, com uma menor aversão ao risco nos mercados internacionais, quase todas as commodities agrícolas registraram ganhos. O vencimento referência do arábica na ICE, por exemplo, avançou quase 4% no período. Segundo Costa, os "ativos de risco voltaram a subir dando a impressão que a quedas das bolsas presenciadas até meados de fevereiro foram apenas pesadelos".
Mercado interno
As negociações nas praças de comercialização do Brasil seguem lentas com a chegada da nova safra e os preços aquém das expectativas dos operadores. De acordo com Marcus Magalhães, as incertezas na cena política brasileira, que ganharam fôlego com as manifestações de domingo para o impeachment da presidente Dilma Rousseff, também repercutiram no mercado. "O momento não é de euforia em demasia, mas sim de pé no chão para se ter a noção clara de que uma coisa são as manifestações e outra é a solução dos problemas que o Brasil enfrenta", afirma.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 550,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Guaxupé (MG) com alta de 0,93% e saca cotada a R$ 543,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 553,00 a saca e alta de 2,79%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Franca (SP) e Varginha (MG) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com avanço de 2,08% e saca cotada a R$ 490,00.
Na sexta-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 490,55 com alta de 1,57%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam em alta pela segunda sessão consecutiva nesta segunda-feira. A forte seca nas plantações de robusta do Brasil ainda repercute sobre os preços externos.
O contrato março/16 registrou US$ 1402,00 por tonelada – estável, o maio/16 teve US$ 1443,00 por tonelada e avanço de US$ 16, enquanto o julho/16 anotou US$ 1471,00 por tonelada e valorização de US$ 17.
Na sexta-feira (11), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 358,32 com alta de 0,54%.
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