Café: Com suporte do dólar, Bolsa de NY sobe pela segunda sessão seguida nesta 6ª feira; no Brasil, negócios seguem isolados
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta acima de 100 pontos nos principais vencimentos nesta tarde de sexta-feira (4) e estendem os ganhos da sessão anterior. O mercado tem suporte do dólar que recua forte ante o real em meio ao cenário político brasileiro com a nova fase da Operação Lava Jato. A moeda estrangeira menos valorizada, desencoraja as exportações da commodity brasileira.
Às 12h33, o vencimento maio/16 tinha 119,65 cents/lb e o julho/16 registrava 121,40 cents/lb, ambos com avanço de 180 pontos. Já o contrato setembro/16 tinha 123,15 cents/lb com 185 pontos positivos, enquanto o dezembro/16 operava com 124,75 cents/lb e valorização de 145 pontos.
Com o início da nova fase da Lava Jato nesta sexta-feira, que tem como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o dólar despencou ante a moeda brasileira. Às 12h38, a moeda caía 1,95%, cotada a R$ 3,728 na venda. O dólar mais baixo em relação ao real acaba desencorajando as exportações da commodity e dá suporte aos preços no mercado externo.
Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia promete ser lento para o café e as oscilações nas bolsas devem ser curtas mesmo com a euforia dos investidores diante dos desdobramentos no cenário político brasileiro.
Agências internacionais de notícias têm reportado que as commodities agrícolas, de um modo geral, estão sendo bastante influenciadas pelo cenário macroeconômico e não pelos aspectos fundamentais de cada uma e por isso oscilam sem indicar tendência definida nas últimas semanas. Os investidores estão preferindo ativos mais seguros uma vez que a aversão ao risco nos mercados globais continua alta.
Os negócios nas praças de comercialização do Brasil seguem lentos e diante do atual cenário, em meio a forte queda do dólar, devem continuar assim, estimam analistas. "O mercado interno do café deverá ter dia lento e com negócios isolados", afirma Magalhães. Na quinta-feira (3), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 479,70 com alta de 0,40%.
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