Café: Em ajustes, Bolsa de Nova York opera com leve alta nesta manhã de 2ª feira
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta manhã de segunda-feira (22) em ajustes e estendem os ganhos da sessão anterior. Apesar de fechar praticamente estável no acumulado da semana passada, o mercado caiu por três sessões consecutivas com rolagens de posição sendo registradas.
"Ao mesmo tempo, o pico da entressafra no Brasil e a proximidade da primavera no hemisfério norte não atraem muitos os compradores, que pacientemente preferem aguardam ofertas mais atrativas para o segundo semestre do ano – muito embora busquem cobrir suas necessidades de curto-prazo no spot", afirma o diretor de commodities do banco Société Générale, Rodrigo Costa.
Por volta das 09h19, o vencimento março/16 tinha 116,20 cents/lb com alta de 45 pontos, o maio/16 registrava 117,05 cents/lb com 75 pontos de avanço. O contrato julho/16 tinha 118,85 cents/lb com valorização de 65 pontos e o setembro/16 operava com 120,85 cents/lb com 75 pontos positivos.
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Veja como fechou o mercado na sexta-feira:
Café: Após recuarem forte nas últimas sessões, cotações fecham a semana próximas da estabilidade em NY
As cotações do café arábica fecharam a semana praticamente estáveis na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Ausente de novidades fundamentais, o mercado recuou nas últimas sessões acompanhando a aversão ao risco no mercado financeiro global, o que acaba impactando o câmbio e consequentemente o desempenho das commodities, pois influencia as exportações. O vencimento março/16 registrou alta acumulada de 0,17% na semana, saindo de 115,55 cents/lb para 115,75 cents/lb.
Nesta sexta-feira (19), os contratos futuros do arábica na ICE chegaram a subir quase 100 pontos, o que acabou garantindo a estabilidade aos preços na comparação semanal. O mercado ganhou impulso hoje com o recuo do dólar ante o real após o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, descartar a possibilidade de corte de juros. A moeda estrangeira encerrou o dia cotada a R$ 4,0227 na venda com 0,65% de baixa. O dólar menos valorizado ante o real acaba desencorajando as exportações da commodity.
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O vencimento março/16 encerrou a sessão cotado a 115,75 cents/lb com alta de 160 pontos, o maio/16 teve 116,80 cents/lb com avanço de 70 pontos. Já o contrato julho/16 registrou 118,65 cents/lb com valorização de 65 pontos, enquanto o setembro/16 anotou 120,15 cents/lb com valorização de 35 pontos.
De acordo com agências internacionais, os aspectos fundamentais do mercado, ao que parece, já foram precificados nas cotações externas. No Brasil e em outras origens produtoras, os relatos são de que a safra 2016/17 será boa e suficiente para reabastecer os estoques mundiais que estão baixos. Desta forma, o câmbio deve continuar impactando os preços no terminal externo.
"As perspectivas em relação à produção do Brasil estão deixando o mercado um pouco mais firme. O potencial produtivo de arábica é considerado bom, mas ainda há problemas com o robusta no País", afirmou o analista da Price Futures Group, Jack Scoville.
Durante essa semana, a importadora norte-americana de café verde Wolthers Douque estimou a safra do Brasil em 2016/17 entre 54 milhões e 55 milhões de sacas de 60 kg. O número representa uma alta de quase 20% em relação ao volume previsto na safra passada.
» Importadora Wolthers Douque estima safra de café 2016/17 do Brasil em 54-55 mi sacas
Segundo a Somar Meteorologia, as áreas produtoras do Brasil têm recebido pancadas de chuvas eventuais nos últimos dias e somente no decorrer de março, especialmente, no segundo decêndio do mês, são esperadas precipitações mais generalizadas e a diminuição das temperaturas na região central do Brasil. Mas as previsões são de continuidade do clima seco no Espírito Santo até o final de fevereiro, situação muito prejudicial para as lavouras de robusta.
Mercado interno
Nas praças de comercialização do Brasil, os preços do café seguem firmes e descolados do referencial externo. Durante praticamente toda a semana o volume de negócios foi baixo devido aos preços aquém das expectativas dos vendedores. "Apesar de toda a volatilidade da semana, a liquidez interna do mercado do café ficou aquém das expectativas", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje nas cidades de Espírito Santo do Pinhal (SP) e Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 550,00, alta de 0,92% na primeira e 0,55% no município mineiro. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com avanço de 1,91% e saca cotada a R$ 534,00.
Da sexta-feira passada para hoje, a cidade que registrou maior variação para o tipo foi Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de R$ 5,00 (0,92%), saindo de R$ 545,00 para R$ 550,00 a saca.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 550,00 a saca e avanço de 0,55%. A maior oscilação no dia dentre as praças aconteceu em Varginha (MG) com alta de 0,97% e saca cotada a R$ 520,00.
Para o tipo, conforme o gráfico, a maior oscilação na semana foi registrada em Varginha (MG) que tinha saca cotada a R$ 505,00, mas subiu R$ 15,00 (1,62%) e agora vale R$ 520,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 515,00 a saca e alta de 0,98%. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) e Franca (SP), ambas com alta de 2% e saca cotada a R$ 510,00.
A variação mais expressiva de preço na semana para o tipo 6 foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP), por lá a saca estava cotada a R$ 490,00 na sexta passada, mas teve valorização de R$ 20,00 (4,08%), e agora está em R$ 510,00.
Na quinta-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 487,77 com alta de 0,15%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, voltaram a cair nesta sexta-feira. O contrato março/16 registrou US$ 1376,00 por tonelada e queda de US$ 26, o maio/16 teve US$ 1409,00 por tonelada e o julho/16 anotou US$ 1435,00 por tonelada, ambos com desvalorização de US$ 19.
Na quinta-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 399,44 com alta de 1,13%.
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