Café: Bolsa de NY avança mais de 100 pts nesta 5ª feira e março/16 opera acima de US$ 1,20/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em alta pela quarta sessão consecutiva nesta quinta-feira (4). O mercado acompanha o recuo do dólar ante o real – que acaba desencorajando as exportações –, além das informações sobre a produção do Brasil e da Colômbia, que podem ser menor do que era esperado pelos especialistas.
Por volta das 12h30, os lotes com vencimento para março/16 tinham 122,90 cents/lb com alta de 135 pontos. O maio/16 registrava 124,80 cents/lb e o julho/16 operava com 126,50 cents/lb, ambos com recuo de 130 pontos. Já o vencimento setembro/16 anotava 128,00 cents/lb com 125 pontos positivos.
Após as cotações do arábica na ICE testarem mínimas nas últimas semanas, seguindo a aversão ao risco de outros mercados, o vencimento março/16 agora opera acima de US$ 1,22 por libra-peso. "Os futuros estão repercutindo o câmbio, mas percebe-se que o mercado já começa a precificar a queda nos estoques de passagem do Brasil e revisões na safra 2016/17, principalmente, da Colômbia, que deve ter perdas de mais de 1 milhão de sacas nesta temporada", afirma o analista de mercado do banco Société Générale, Rodrigo Costa.
Nesta quinta-feira, o dólar recua forte ante o real com investidores apostando que o Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, não deve aumentar tão cedo os juros do país. A moeda estrangeira menos valorizada ante o real acaba desencorajando as exportações da commodity, que inclusive foram menores no último mês em relação a dezembro de 2015. Às 12h29, o dólar comercial recuava 1,50%, vendido a R$ 3,8590.
Ainda de acordo com Costa, o câmbio deve ser decisivo para o mercado nos próximos dias. "Caso o dólar continue se desvalorizando ante a moeda brasileira, podemos ter cotações do café voltando ao patamar do final do ano, em cerca de US$ 1,30/lb", explica.
Nesta semana, as áreas produtoras de café do Brasil têm enfrentado altas temperaturas e baixo volume de chuvas. Segundo mapas climáticos da Somar Meteorologia, a tendência para os próximos 10 dias é de que o tempo no cinturão produtivo continue quente, mas com pancadas de chuva. Somente no Espírito Santo, Zona da Mata de Minas Gerais e sul da Bahia, o tempo permanecerá seco.
De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o mercado interno de café segue sem liquidez. Na quarta-feira (3), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 496,98 com queda de 0,43%.
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