Café: Com queda do dólar, Bolsa de Nova York avança pela terceira sessão seguida nesta 4ª feira
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam praticamente estáveis nesta tarde de quarta-feira (3), mas ainda estendendo os ganhos das últimas duas sessões com recompras de fundos sendo registradas. No fim da manhã, o vencimento março/16 testou o patamar US$ 1,20 por libra-peso, mas não teve forças para buscar níveis mais altos. Os operadores continuam atentos ao cenário macroeconômico, às informações sobre o desenvolvimento da safra 2016/17 do Brasil e a oferta da commodity disponível neste ano.
Por volta das 12h21, o vencimento março/16 tinha 120,35 cents/lb com alta de 50 pontos, o maio/16 registrava 122,30 cents/lb com avanço de 40 pontos. Já o contrato julho/16 tinha 123,95 cents/lb com 35 pontos positivos, enquanto o setembro/16 operava com 125,15 cents/lb e valorização de 25 pontos.
O dólar voltou a recuar ante o real nesta quarta-feira, o que também acaba dando impulso às cotações. Repercutindo o avanço nos preços petróleo e em meio a preocupações com a situação política e econômica do Brasil, às 12h, a moeda comercial caía 0,87%, cotada a R$ 3,9513 na venda. O dólar menos valorizado ante o real desencoraja as exportações da commodity.
No aspecto fundamental, de acordo com agências internacionais, os operadores seguem atentos ao desenvolvimento da safra 2016/17 do Brasil e as incertezas em relação ao desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado. O banco ABN Amro, por exemplo, estima que o consumo da commodity possa exceder a oferta em mais de 4% neste ano.
Em entrevista exclusiva ao Notícias Agrícolas, o presidente do CNC (Conselho Nacional do Café), Silas Brasileiro informou que estoques de passagem brasileiros, que conseguiram sustentar os bons volumes exportados nos últimos anos, devem chegar em março deste ano no menor volume da história, entre 4 e 5 milhões de sacas de 60 kg.
Em janeiro, os embarques de café em grão do Brasil totalizaram em 20 dias úteis 2,48 milhões de sacas de 60 kg, com receita de US$ 363,4 milhões. Comparando esses dados com o volume exportado pelo País em dezembro de 2015 (2,98 milhões de sacas), houve uma queda de 16,78%. Os dados foram divulgados na segunda-feira (1º) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
No cinturão produtivo do Brasil, os relatos são de que as chuvas contribuíram para o desenvolvimento das lavouras. No entanto, durante toda esta semana o tempo deve ficar mais firme, com calor e chuvas isoladas, nas principais origens produtoras. Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, acontecem negócios isolados nas praças de comercialização do Brasil.
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