Café: Após cinco sessões seguidas de alta, Bolsa de NY opera com leve baixa nesta manhã de 5ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve baixa nesta manhã de quinta-feira (28), em ajustes após registrar valorização por cinco sessões consecutivas. O mercado segue atento ao cenário macroeconômico e as informações sobre o desenvolvimento da safra 2016/17 do Brasil.
Por volta das 09h53, o vencimento março/16 tinha 118,05 cents/lb, o maio/16 registrava 120,20 cents/lb e o julho/16 operava com 121,90 cents/lb, ambos com desvalorização de 15 pontos.
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Veja como fechou o mercado na quarta-feira:
Café: Bolsa de NY fecha em alta pela quinta sessão consecutiva com recompras e deve buscar níveis mais altos
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com alta acima de 100 pts nesta quarta-feira (27). Após chegar ao patamar de US$ 1,11 por libra-peso na semana passada, os vencimentos voltaram a se aproximar de US$ 1,20/lb. Essa é a quinta sessão consecutiva de valorização na ICE. O mercado registrou durante o dia recompras de fundos, mas também ganhou suporte do dólar que recuou ante o real durante boa parte do dia, o que acaba desencorajando as exportações.
Os lotes com entrega para março/16 encerraram a sessão cotados a 118,20 cents/lb e o maio/16 registrou 120,35 cents/lb, ambos com avanço de 150 pontos. Já o contrato julho/16 teve 122,05 cents/lb com valorização de 140 pontos, enquanto o setembro/16 anotou 123,75 cents/lb com 130 pontos positivos.
"Os investidores ainda estão na defensiva à espera de fatos novos e, assim, nenhum grosseiro movimento especulativo é presenciado de forma notória. No caso do café, as cotações em Nova York foram buscar níveis mais altos deixando a perspectiva, numa visão técnica, bem construtiva", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
No início da tarde, as cotações do arábica na ICE chegaram a avançar mais de 200 pontos com recompras de fundos sendo registradas, o mercado também suporte do dólar que chegou a cair quase 1% ante o real – a moeda estrangeira menos valorizada desencoraja as exportações da commodity. No entanto, o dólar comercial acabou registrando uma correção técnica no final do pregão, após três sessões seguidas de queda, e fechou cotado a 4,0859 reais na venda, com avanço de 0,39%.
» Dólar sobe 0,39% frente ao real em correção após três dias de queda, antes de Fed
Quase que simultaneamente ao fechamendo do mercado financeiro, o Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, anunciou a manutenção dos juros do país e disse estar "monitorando de perto" os desenvolvimentos econômicos e financeiros globais, mas manteve uma visão otimista sobre a economia dos EUA, segundo a agência internacional de notícias Reuters.
» Fed mantém juros nos EUA e monitora atentamente mercados globais
Paralelamente, os operadores no mercado café ainda repercutem as informações positivas em relação ao desenvolvimento da safra 2016/17 do Brasil. Alguns envolvidos acreditam que mesmo o País tendo uma safra alta neste ano, a demanda pode subir bastante. O banco ABN Amro, por exemplo, estima que ela possa exceder a oferta em mais de 4%.
Com estoques baixos, demandas constantes, clima imprevisível e produtividade sem garantia, o analista Marcus Magalhães pondera que a perspectiva para o mercado é otimista. "Como venho alertando há semanas, o café é uma das boas apostas para 2016 e a cada dia que passa, minha expectativa vem ganhando corpo e identidade", explica.
Segundo mapas climáticos da Somar Meteorologia, uma frente fria e instabilidades tropicais devem causar chuva em toda a área produtora do Brasil nesta quarta-feira, sendo forte em São Paulo e Zona da Mata de Minas Gerais.
Mercado interno
Nas praças de comercialização do Brasil, as cotações dos principais tipos registraram avanço nesta quarta-feira ou permaneceram estáveis com a alta em Nova York. No entanto, ainda são realizados poucos negócios, segundo Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Varginha (MG) com saca cotada a R$ 570,00 e alta de 1,79%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com avanço de 5,95% e saca cotada a R$ 552,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 566,00 a saca e avanço de 1,62%. A maior variação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 3,83% e R$ 515,00 a saca.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Franca (SP) com R$ 520,00 a saca e alta de 1,96%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com avanço de 3,72% e saca cotada a R$ 502,00.
Na terça-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 497,31 com alta de 0,32%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam em alta nesta quarta-feira acompanhando Nova York. O contrato março/16 registrou US$ 1412,00 por tonelada com alta de US$ 22, o maio/16 teve US$ 1434,00 por tonelada com avanço de US$ 16. O vencimento julho/16 anotou US$ 1463,00 por tonelada com valorização de US$ 15.
Na terça-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do café conillon tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 396,33 com avanço de 0,45%.
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