Café: Acompanhando outros mercados, Bolsa de Nova York sobe mais de 100 pts nesta tarde de 3ª feira
Após não funcionar ontem por conta do feriado de Martin Luther King, nos Estados Unidos, a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) opera com alta acima de 100 pontos nas cotações do café arábica nesta tarde de terça-feira (19). O mercado realiza ajustes em um dia marcado pela recuperação generalizada das commodities e aguarda dados sobre as exportações no ano passado e informações mais concretas sobre a safra 2016/17 do Brasil.
Por volta das 12h, o vencimento março/16 tinha 115,95 cents/lb com alta de 105 pontos, o maio/16 registrava 118,30 cents/lb com avanço de 115 pontos. Já o contrato julho/16 operava com 120,35 cents/lb e 110 pontos positivos, enquanto o setembro/16 anotava 122,25 cents/lb com valorização de 115 pontos.
Segundo o diretor da Pharos Consultoria, Haroldo Bonfá, o mercado realiza ajustes na sessão de hoje ante as recentes baixas, mas também segue a recuperação generalizada das commodities com um cenário de menor aversão ao risco.
Acompanhando os estímulos econômicos na China e a alta do petróleo, o dólar comercial recua nesta terça-feira. Às 11h46, a moeda norte-americana caía 0,087%, cotada a R$ 4,0307 na venda. A moeda estrangeira menos valorizada em relação ao real desencoraja as exportações da commodity.
O mercado também aguarda mais informações sobre as exportações do Brasil no ano passado – que devem ser recorde – e o desenvolvimento da safra 2016/17. O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) deve divulgar nesta terça-feira os dados dos embarques totais brasileiros em 2015.
Segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), o Brasil fechou o ano passado com recorde nas exportações de café pelo segundo ano consecutivo, com volume de 37,12 milhões de sacas de 60 kg. Desse total, a quantidade de café verde foi de 33,41 milhões de sacas; de café solúvel, 3,38 milhões de sacas; e de torrado e moído, 33,31 mil sacas. Nos anos de 2013 e 2014 foram exportadas 32,01 e 36,73 milhões de sacas, respectivamente.
Com relação à safra 2016/17, as chuvas têm favorecido o desenvolvimento das lavouras de arábica em Minas Gerais e São Paulo. Já no Paraná, os produtores têm relatado problemas com os tratos os culturais por conta das chuvas. Para o robusta, a situação melhorou um pouco nos últimos dias, com chuvas neste final de semana no Espírito Santo, maior estado produtor da variedade no Brasil.
Nas praças de comercialização do Brasil os negócios com café seguem lentos. Após uma disparada dos preços na primeira semana do ano, as cotações no Brasil fecharam com leve alta ou praticamente estáveis com boa parte dos vendedores recuando do mercado. Na segunda-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 480,13 com alta de 0,30%.
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