Café: Bolsa de Nova York avança nesta 6ª feira após fechar em baixa por seis sessões consecutivas
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência para os negócios no Brasil, operam em alta nesta sexta-feira (18). O mercado realiza ajustes técnicos após fechar em baixa nas últimas seis sessões e o contrato mais negociado, março/16, perder o patamar de US$ 1,19 por libra-peso.
Por volta das 12h20, o vencimento março/16 tinha 119,10 cents/lb com 80 pontos de alta, o maio/16 anotava 121,10 cents/lb com 45 pontos de avanço. O contrato julho/16 operava com 123,10 cents/lb e 45 pontos de valorização, enquanto o setembro/16 registrava 124,90 cents/lb com 30 pontos positivos.
Na sessão anterior, os investidores repercutiram no mercado os dados mais otimistas sobre a produção do Brasil na temporada 2016/17. As principais regiões produtoras têm recebido volumes expressivos de chuva nas últimas semanas e isso tem beneficiado o desenvolvimento das lavouras.
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Veja como fechou o mercado na quinta-feira:
Café: NY fecha em baixa pela sexta sessão seguida e março/16 perde patamar de US$ 1,19/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em baixa pela sexta sessão consecutiva nesta quinta-feira (17). Pela manhã, o mercado chegou a repercutir o recuo do dólar ante o real. No entanto, os dados mais otimistas sobre a produção do Brasil acabaram repercutindo mais que o câmbio entre os investidores. A Conab estima que a colheita brasileira neste ano seja de 43,24 milhões de sacas de 60 kg.
Com isso, os vencimentos mais próximos perderam o patamar de US$ 1,19 por libra-peso. O contrato dezembro/15 encerrou a sessão de hoje cotado a 117,80 cents/lb com recuo de 30 pontos. O março/16 teve 118,30 cents/lb e o maio/16 anotou 120,55 cents/lb, ambos com baixa de 95 pontos. Já o vencimento julho/16 registrou 122,65 cents/lb com desvalorização de 90 pontos.
Apesar da safra 2015/16 já ter sido colhida no Brasil e estar sendo comercializada, a revisão para cima pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) acabou gerando preocupação entre os operadores. O órgão estima que a produção das variedades arábica e robusta deste ano totalize 43,24 milhões de sacas de 60 kg do produto beneficiado, alta de 2,59% em relação a previsão divulgada em setembro de 42,15 milhões de sacas.
O resultado, em período de baixa bienalidade da cultura para a maioria das regiões, com exceção da Zona da Mata Mineira, representa queda de 5,3%, quando comparado à produção de 45,64 milhões de sacas obtidas no ano passado. Vale lembrar que a primeira estimativa da Companhia para a safra 2016/17 deve ser divulgada apenas no início do ano que vem.
» Produção de café deve chegar a 43,24 milhões de sacas nesta safra, estima Conab
Para o analista Gilson Fagundes, apesar do mercado repercutir a divulgação da Conab sobre a produção do Brasil na safra 2015/16, os investidores continuam atentos no cenário político e econômico do País. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira cotado a R$ 3,8893 na venda com baixa de 0,90% repercutindo a decisão do Fed (Federal Reserve) em elevar os juros dos Estados Unidos e indicar que a trajetória de alta deve ser gradual.
» Dólar cai 0,90% sobre real após Fed elevar juro e reforçar que alta será gradual
Mercado interno
As negociações nas praças de comercialização do Brasil seguem bem lentas. "Os produtores continuam resistentes à venda. Só aparece no mercado aqueles que precisam mesmo realizar vendas para fazer caixa", afirma Gilson Fagundes.
Segundo estimativa da Safras & Mercado, divulgada hoje, a comercialização da safra 2015/16 de café do Brasil está em 68% da produção total estimada, relativa ao final de novembro. Segundo o analista de mercado Gil Carlos Barabach, a comercialização andou bem no último mês de novembro.
» Café: Comercialização da safra 2015/16 do Brasil está em 68%, estima Safras & Mercado
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 542,00 e queda de 1,81%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 547,00 a saca e queda de 1,80%. A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com valorização de 2,75% e saca cotada a R$ 485,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação nas cidades de Franca (SP) e Varginha (MG) com R$ 500,00 a saca, alta de 2,04% na primeira e preço estável no município mineiro. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 3,25% e saca cotada a R$ 476,00.
Na quarta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 477,31 e alta de 1,10%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam praticamente estáveis nesta quinta-feira após a valorização de ontem. O contrato janeiro/16 teve US$ 1490,00 por tonelada com alta de US$ 4, o março/16 registrou US$ 1515,00 por tonelada - estável e o vencimento maio/16 teve US$ 1543,00 com desvalorização de US$ 1.
Na quarta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 379,24 com avanço de 0,37%.
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