Café: Bolsa de Nova York vira e passa a cair pela sessão sexta consecutiva nesta 5ª feira
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) recuam pela sexta sessão consecutiva nesta quinta-feira (17). De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os investidores estão atentos ao dólar e as chuvas no cinturão produtivo do Brasil. Às 12h20, o dólar comercial estava cotado a R$ 3,8904 com queda de 0,87%.
Em Nova York, por volta das 12h24, o vencimento março/16 tinha 118,65 cents/lb, o maio/16 anotava 120,90 cents/lb e o julho/16 operava com 122,95 cents/lb, ambos com recuo de 60 pontos. Já o contrato setembro/16 registrava 125,35 cents/lb com 15 pontos negativos.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou agora pela manhã que a safra de café do Brasil das espécies arábica e conilon está estimada, para este ano, em 43,24 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado. O resultado, em período de baixa bienalidade da cultura para a maioria das regiões, com exceção da Zona da Mata Mineira, representa queda de 5,3%, quando comparado à produção de 45,64 milhões de sacas obtidas no ano passado.
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Veja como fechou o mercado na quarta-feira:
Café: Bolsa de Nova York fecha em baixa pela quinta sessão consecutiva com avanço do dólar
Os futuros do café arábica fecharam em baixa pela quinta sessão consecutiva nesta quinta-feira (16) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência para os negócios no Brasil. O mercado acompanhou mais uma vez o câmbio, mas os investidores também já tiram o pé do acelerador com a proximidade do final e poucos negócios são realizados.
Os lotes com vencimento para março/16 fecharam a sessão de hoje cotados a 119,25 cents/lb com baixa de 65 pontos. O maio/16 anotou 121,50 cents/lb e o julho/16 encerrou o dia com 123,55 cents/lb, ambos com recuo de 60 pontos. Já o contrato setembro/16 teve 125,50 cents/lb também com 60 pontos de queda.
Com investidores preocupados com a possibilidade de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixar o governo, e com o rebaixamento da nota brasileira pela Fitch, a moeda norte-americana avançou forte sobre o real nesta quarta-feira, fechando a R$ 3,9247 na venda com alta de 1,24%. A moeda estrangeira mais valorizada ante o real dá maior competitividade às exportações, mas derruba as cotações da commodity.
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"Além dos envolvidos de mercado estarem de olho na estabilidade política e econômica do Brasil, os negócios também já estão diminuindo com a proximidade do final do ano", explica o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Sérgio Carvalhaes.
Vale lembrar que nos últimos dias, com a ausência de novidades fundamentais, o mercado tem se baseado bastante no câmbio. Nem mesmo a divulgação da Green Coffee Association mostrando que os estoques de café verde dos Estados Unidos diminuíram no mês passado fez com que o mercado reagisse. "Apesar do Brasil registrar recorde nas exportações, essa queda significa que os países estão consumindo bastante café", afirma Carvalhaes.
No cinturão produtivo do Brasil, as precipitações nos próximos dias devem ficar mais concentradas sobre o Paraná, São Paulo e sul de Minas Gerais, favorecendo o desenvolvimento das lavouras da safra 2016/17. Já no Espírito Santo, maior estado produtor da variedade robusta, os próximos dias serão de calor e pouca chuva. As informações são da Somar Meteorologia.
Diante deste cenário, a safra capixaba deve ter mais um ano de quebra. Na área de abrangência da Cooabriel (Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel) algumas fazendas registram perdas de até 90% e especialistas já estimam que o potencial produtivo da temporada 2017/18 também já começa a ser comprometido.
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Mercado interno
Os negócios com café no Brasil continuam bem lentos com a proximidade do final do ano e os preços oscilam conforme a necessidade de cada praça de comercialização. "Após um bom mês de novembro para os produtores, o mercado interno registra desaceleração com o final do ano", disse o analista de mercado Gilson Fagundes ontem.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 552,00 e alta de 0,91%. A maior oscilação no dia foi registrada Espírito Santo do Pinhal (SP) e Varginha (MG), ambos com desvalorização de 1,89% e saca a R$ 520,00.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 557,00 a saca e alta de 0,91%. A maior variação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com valorização de 2,16% e saca cotada a R$ 472,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 500,00 a saca - estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com baixa de 3,35% e saca cotada a R$ 461,00.
Na terça-feira (15), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 472,10 e queda de 0,77%.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam com alta expressiva nesta quarta-feira e estenderam os ganhos da sessão anterior. O contrato janeiro/16 teve US$ 1492,00 por tonelada com alta de US$ 12, o março/16 registrou US$ 1524,00 por tonelada com avanço de US$ 17 e o vencimento maio/16 teve US$ 1550,00 com valorização de US$ 13.
Na terça-feira (15), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 377,86 com queda de 0,32%.
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