Café: Após quatro sessões seguidas de alta, Bolsa de Nova York opera praticamente estável nesta tarde de 2ª

Publicado em 07/12/2015 08:35

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam sem direcionamento definido nesta tarde de segunda-feira (7). O mercado acompanha o movimento do câmbio que oscila entre alta e baixa com investidores adotando cautela enquanto o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff tramita no Congresso Nacional. Às 12h09, a moeda norte-americana subia 0,02%, cotada a R$ 3,7399 na venda.

Por volta das 12h51, o vencimento março/16 tinha 126,70 cents/lb e o maio/16 anotava 128,85 cents/lb, ambos com queda de 25 pontos. O julho/16 operava com 130,85 cents/lb e baixa de 30 pontos, enquanto o setembro/16 registrava 132,70 cents/lb com 25 pontos de desvalorização.

Os futuros do arábica, diante da ausência de novidades fundamentais, têm acompanhado bastante a volatilidade do câmbio. A moeda estrangeira menos valorizada ante o real dá maior competitividade às exportações. No entanto, acaba pressionando as cotações das commodities.

O cinturão produtivo do Brasil continua recebendo bons volumes de chuva, o que contribui para o desenvolvimento da safra 2016/17. De acordo com dados da Somar Meteorologia, as precipitações devem continuar nesta semana, sendo mais intensas entre Minas Gerais e Espírito Santo.

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Veja como fechou o mercado na sexta-feira:

Café: Com suporte do câmbio e aperto na oferta, Bolsa de NY fecha em alta pela quarta sessão consecutiva nesta 6ª feira

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em alta pela quarta sessão consecutiva nesta sexta-feira (4), acumulando valorização de 1,68% no vencimento março/16 na semana. O mercado tem se baseado muito nos últimos dias no câmbio, que influencia diretamente nas exportações e preços das commodities. Além disso, informações sobre aperto na oferta mundial também influenciaram os preços nesta semana.

Hoje, o vencimento dezembro/15 fechou cotado a 124,00 cents/lb com avanço de 195 pontos, o março/16 teve 126,95 cents/lb com 210 pontos de valorização. Já o contrato maio/16 anotou 129,10 cents/lb e o julho/16 fechou o dia com 131,15 cents/lb, ambos com 205 pontos de alta.

"As bolsas continuaram a trajetória de recompras e desta forma, o campo positivo continuou a prevalecer. Vale ressaltar, que tecnicamente, os fechamentos foram interessantes o que dá a possibilidade de haver no front a continuidade do movimento corretivo deflagrado", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.

O dólar fechou em baixa, também pela quarta sessão seguida, cotado a R$ 3,7390 na venda e baixa de 0,26%. Os investidores refletem as expectativas sobre a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e as informações sobre a taxa de desemprego dos Estados Unidos que ficou praticamente estável em novembro, abrindo caminho para o Fed (Federal Reserve) elevar os juros ainda neste mês.

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Para o economista chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, "o cenário de oferta e demanda tende a pesar mais sobre as commodities do que a pressão do câmbio". Ele estima que o dólar influencie mais nos preços locais do que nas demandas internacionais. Mas ainda assim, é fundamental que os produtores se planejem para evitar perdas em momentos de grande volatilidade.

Informações sobre aperto na oferta mundial de café também ajudaram a impulsionar as cotações. De acordo com estimativa do Rabobank, o déficit no mercado global da commodity deve continuar pelo segundo ano consecutivo em 2015/16 por causa de uma desaceleração esperada nas exportações do Brasil.

"Nós ainda acreditamos que os fundamentos altistas ressurgirão uma vez que as exportações brasileiras percam fôlego", disse o Rabobank.

Já a Volcafe reduziu sua estimativa de déficit global de café em 2015/16 em cerca de um terço, após os estoques do Brasil caírem e o dos países consumidores não.

No cinturão produtivo do Brasil, o clima continua beneficiando as lavouras da próxima safra.  Informações da Somar Meteorologia apontam chuvas frequentes em praticamente todas as áreas produtoras. Na Zona da Mata de Minas Gerais e sul do Espírito Santo, estima-se mais de 100 milímetros até 6 de dezembro.

"O clima vem favorecendo o desenvolvimento das lavouras e animando produtores de arábica, que têm realizado os tratos culturais necessários", informou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da ESALQ/USP) ontem.

Mercado interno

Após um leve aquecimento nos negócios na segunda quinzena de novembro, os produtores voltaram a se distanciar das praças de comercialização do Brasil. Para Marcus Magalhães, a sensação é de que o ano já acabou. "Nada acontece de forma contundente e quando acontece, na maioria das vezes, é problema", diz. No comparativo semanal, a maioria das cidades registraram queda nos preços em relação a sexta-feira passada. Ainda assim, a média dos principais tipos continua em cerca de R$ 500,00 a saca de 60 kg.

O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 556,00 e alta de 1,09%. A maior oscilação no dia foi registrada em Poços de Caldas (MG) com avanço de 1,14% e saca valendo R$ 534,00.

Da sexta-feira passada para esta, a cidade que registrou maior variação para o tipo foi Poços de Caldas (MG) com queda de R$ 14,00 (-2,55%), saindo de R$ 548,00 para R$ 534,00 a saca.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 561,00 a saca e avanço de 1,08%. Foi a maior variação no dia dentre as praças.

Para o tipo, conforme o gráfico, a maior oscilação na semana foi registrada em Guaxupé (MG) que tinha saca cotada a R$ 553,00, mas subiu R$ 8,00 (+1,45%) e agora vale R$ 561,00.

O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 515,00 a saca - estável. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,88% e saca cotada a R$ 487,00.

A variação mais expressiva de preço na semana para o tipo 6 foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP), por lá a saca estava cotada a R$ 490,00 na sexta passada, mas teve desvalorização de R$ 10,00 (-2,04%), e agora está em R$ 480,00.

Na quinta-feira (3), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve valorização de 1,63% com a saca de 60 kg cotada a R$ 474,45.

Bolsa de Londres

As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fecharam praticamente estáveis nesta sexta-feira. O contrato janeiro/16 encerrou a sessão cotado a US$ 1535,00 por tonelada e queda de US$ 2, o março/16 teve US$ 1564,00 por tonelada com alta de US$ 1 e o maio/16 registrou US$ 1587,00 por tonelada com desvalorização de US$ 4.

Na quinta-feira (3), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 378,27 com avanço de 0,24%.

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Veja abaixo algumas notícias que movimentaram o mercado do café nesta semana:

» Déficit global de café deve continuar por desaceleração de exportações do Brasil

» Clima anima produtor de arábica, diz Cepea

» Safra de café deve ficar estável em importante área do Vietnã, diz governo

» Exportações de café em novembro têm alta de 9% em relação ao mesmo período de 2014, aponta Secex

» Exportações globais de café caem 3,6% em outubro, diz OIC

» Exportações de café arábica perdem ritmo, ao contrário das de robusta, diz Cepea

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Tags:
Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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