Café: Com segunda alta consecutiva, Bolsa de Nova York retoma patamar de US$ 1,20/lb nesta 4ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com leve alta nesta quarta-feira (2), após operar dos dois lados da tabela durante o pregão, mas sempre próximas do nível de 120,00 cents/lb. O mercado oscilou, novamente, acompanhando o câmbio, as condições climáticas nas lavouras do Brasil e informações sobre a safra 2015/16 de outras importantes origens produtoras.
"Ao que parece, o mercado já começou a colocar nos preços vigentes dos ativos as recentes variáveis e seus possíveis desdobramentos, e assim, não está sendo esperado nenhum grosseiro movimento especulativo, salvo é claro, um fato novo", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
O vencimento dezembro/15 encerrou a sessão cotado a 117,80 cents/lb com avanço de 65 pontos, o março/16 registrou 120,45 cents/lb e alta de 55 pontos. O contrato maio/16 anotou 122,65 cents/lb e o julho/16 teve 124,75 cents/lb, ambos com valorização de 60 pontos.
De acordo com informações reportadas pela Bloomberg nesta quarta-feira, o câmbio tem sido o principal fator de pressão para as cotações do arábica no terminal norte-americano nos últimos dias. "Quando a moeda cai, a oferta mundial normalmente aumenta com os agricultores brasileiros vendendo mais grãos em troca de dólares", informou a agência de noticias.
A moeda estrangeira encerrou a sessão de hoje com 0,50% de queda, cotada a R$ 3,8355 na venda, após o discurso da chair do Fed (Federal Reserve), Janet Yellen, aumentar ainda mais expectativas dos operadores de elevação dos juros norte-americanos ainda neste mês e depois de forma gradual.
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No aspecto baixista, de acordo com analistas, ainda pesa sobre o mercado as condições climáticas no cinturão produtivo do Brasil, que tem recebido bons volumes de chuva. Além disso, também pipocam informações otimistas sobre as safras da Colômbia e do Vietnã.
Informações da Somar Meteorologia apontam chuvas frequentes em praticamente todas as áreas produtoras no decorrer desta semana. Na Zona da Mata de Minas Gerais e sul do Espírito Santo, estima-se mais de 100 milímetros até 6 de dezembro.
Mercado interno
Os negócios com café voltaram a ficar mais lentos com os preços recuando em algumas praças de comercialização neste início de semana. Só aparece no mercado o cafeicultor que precisa fazer caixa ou cumprir compromissos. Para Marcus Magalhães, no mercado interno, o ano já acabou. "O que sobrou foram poucos negócios e muita conta para pagar", explica.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 548,00 e alta de 2,05%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 548,00 a saca e alta de 0,37%. Foi a maior variação no dia.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 500,00 a saca - estável. A maior oscilação dentre as praças no dia foi registrada em Patrocínio (MG) com valorização de 1,05% e saca cotada a R$ 480,00.
Na terça-feira (1), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve desvalorização de 0,41% com a saca de 60 kg cotada a R$ 463,61.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, também fecharam em alta nesta quarta-feira, seguindo Nova York. O contrato novembro/15 encerrou a sessão cotado a US$ 1498,00 por tonelada com alta de US$ 8, o janeiro/16 teve US$ 1530,00 por tonelada com avanço de US$ 9 e o março/16 registrou US$ 1554,00 por tonelada com valorização de US$ 8.
Na terça-feira (1), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6, peneira 13 acima, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 375,47 com queda de 0,11%.
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